Da metamorfose dos deuses: capitalismo e arquétipo no século XXI

Autores

  • Henrique de Carvalho Pereira Universidade Estácio de Sá

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2009.9110

Palavras-chave:

Mito, Capitalismo, Arquétipo

Resumo

Este artigo examina as fantasias dominantes no mundo ocidentalcontemporâneo, isto é, os “mitos” que nos sustentam. Em outras épocas (ou lugares), atribuiu-se a seres míticos, como as divindades, o poder de criação e de atuação sobre a realidade. Para nós, ocidentais, a ciência tem ocupado o lugar mítico que cabia aos deuses. Esta é uma hipótese já sugerida por S. Freud e C. G. Jung. Nesse sentido, a tecnociência e a economia capitalista, que lhe é afim, constituemo mito do homem ocidental moderno. Conforme os sociólogos R. Sennett e Z. Bauman, as relações trabalhistas e amorosas no “capitalismo flexível” obedecem ao imperativo de renovação constante, variedade e temporalidade de curto prazo. Estas características, segundo a psicologia junguiana, seriam expressões do pólo juvenil do arquétipo do senex-puer (velho-jovem). Poder-se-ia afirmar que estamos vivendo um processo patológico de inflação do puer merecedor de consideração.

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Publicado

01-08-2009

Como Citar

Pereira, H. de C. (2009). Da metamorfose dos deuses: capitalismo e arquétipo no século XXI. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 9(2), 376–388. https://doi.org/10.12957/epp.2009.9110