Pesquisa-intervenção e cartografia: melindres e meandros metodológicos

Autores

  • Simone Mainieri Paulon Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
  • Roberta Carvalho Romagnoli Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2010.9019

Palavras-chave:

Metodologia de pesquisa, Cartografia, Pesquisa-intervenção, Complexidade, Subjetivação

Resumo

A complexidade da realidade social, a pluralidade dos fenômenos subjetivos, a progressiva demanda de contribuição efetiva da academia com a vida cotidiana são indicadores da provisoriedade das respostas encontradas pela ciência. Nesse contexto, este trabalho apresenta um debate acerca das possíveis contribuições que as metodologias de pesquisa participativa trazem aos estudos da subjetividade, sustentando a argumentação contra os reducionismos do pensamento científico hegemônico na modernidade em três de seus mais ferrenhos críticos – o romancista Dostoiéviski, o filósofo Nietzsche e o sociólogo René Lourau. Problematiza os limites que as pesquisas tradicionais oferecem à produção de conhecimentos para discutir algumas diferenças e aproximações entre a modalidade da pesquisa-intervenção e as abordagens cartográficas. Ao colocar problemas que buscam o coletivo de forças de cada situação investigada, essas abordagens alteram o modo de conceber a pesquisa e o encontro do pesquisador com seu campo, abarcando a complexidade e a processualidade. O conhecimento emerge do plano de forças que compõe a realidade ora atuando para o estabelecido, ora operando agenciamentos produtivos que trazem o novo.

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Publicado

01-04-2010

Como Citar

Paulon, S. M., & Romagnoli, R. C. (2010). Pesquisa-intervenção e cartografia: melindres e meandros metodológicos. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 10(1), 85–102. https://doi.org/10.12957/epp.2010.9019