Doença e morte na Umbanda Branca: A Legião Branca Mestre Jesus

Autores

  • Daniela Torres de Andrade Lemos Universidade de São Paulo – USP
  • José Francisco Miguel Henriques Bairrão Universidade de São Paulo – USP

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2013.8431

Palavras-chave:

Etnopsicologia, Cultos afro-brasileiros, Rituais de cura, Morte, Religião e saúde

Resumo

Neste artigo expõem-se e analisam-se as concepções de doença e morte presentes em um renomado centro de cura espiritual, mediante procedimento etnográficos e a consideração dos seus implícitos. Subjacente ao surgimento da Legião Branca Mestre Jesus conta-se a história de uma família de índios cujos fundadores, depois de mortos, se unem no "plano espiritual" para atrair e reunir os seus membros que entretanto se haviam dispersado. Esta narrativa parece ser uma metáfora do encontro e desencontro entre colonizadores e suas vítimas africanas e indígenas. A doença é significada como um sinal de pertencimento a essa família e o fato dos "médicos" serem entendidos como mortos, propõe uma relação de familiaridade com a morte. A concepção reencarnacionista propicia a composição de laços entre biografias diversas, interligando uma revisão da própria identidade a memórias sociais da escravidão, da subjugação colonial e do etnocídio indígena.

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Publicado

04-12-2013

Como Citar

Lemos, D. T. de A., & Bairrão, J. F. M. H. (2013). Doença e morte na Umbanda Branca: A Legião Branca Mestre Jesus. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 13(2), 677–703. https://doi.org/10.12957/epp.2013.8431