Memórias de Mulheres Dissidentes na Ditadura Militar como Antídoto à Democracia em Ruínas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2022.71763

Palavras-chave:

memórias, mulheres, ditadura militar, democracia

Resumo

Este artigo trata das memórias de mulheres dissidentes na ditadura militar e da importância de seu aparecimento social como resistência à produção do apagamento. As dissidências, além de abarcarem a militância política à época, abrangem as experiências atravessadas por marcadores sociais de diferença, como gênero, sexualidade e raça, que, no regime militar, eram assumidas como ameaças ao projeto de nação. As memórias de mulheres militantes, em depoimentos que constam no Relatório da Comissão Nacional da Verdade, de mulheres lésbicas, nos boletins ChanacomChana, e de mulheres periféricas, negras e trabalhadoras, no jornal Nós, Mulheres, são discutidas a partir dos seguintes vieses: das violências praticadas contra essas pessoas por performarem uma feminilidade subversiva que ameaça as normativas de gênero como pilares do ideário de nação e família vigente à época; e da visibilidade de suas práticas de resistência. Entende-se que a produção dessas memórias ocorre nas articulações de experiências e posições sociais que enunciam diferenças nos modos de viver, pensar, sentir, narrar e resistir. Nesta perspectiva, a interseccionalidade é o aporte para as análises das memórias dessas mulheres.

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Publicado

15-12-2022

Como Citar

Salgado, R. G., Ferreira, D. M., & Amaro, R. D. (2022). Memórias de Mulheres Dissidentes na Ditadura Militar como Antídoto à Democracia em Ruínas. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 22(4), 1601–1621. https://doi.org/10.12957/epp.2022.71763

Edição

Seção

Dossiê Psicologia, Política e Sexualidades: crises, antagonismos e agências