A Feminilidade na Psicanálise é Branca? O Desamparo Discursivo Sobre a Feminilidade da Mulher Negra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2022.71761

Palavras-chave:

psicanálise, feminilidade, raça, gênero

Resumo

O presente artigo tem como objetivo apresentar a construção teórica sobre a sexualidade feminina e a feminilidade em Freud, para depois questioná-la a partir de um recorte de raça e gênero. Para isso, foram utilizados como referências principais trabalhos de autoras negras que discutem a temática étnico-racial, além de produções que abordam gênero e teorias do feminismo interseccional. O trabalho observou a concepção de um universal de mulher que parte da atribuição de traços da feminilidade que se vinculam à figura da mulher branca, burguesa e mãe e, portanto, não compreendem em sua totalidade gênero, raça e classe, de forma a apagar a experiência da mulher negra, marcada pelo racismo e pela história escravocrata. Assim, observa-se uma omissão da psicanálise frente à questão racial e, portanto, evidencia-se a necessidade de se pensar uma psicanálise contextualizada, que leve em consideração os aspectos históricos e sociais da realidade na qual se insere.

Downloads

Publicado

15-12-2022

Como Citar

Verceze, F. A., Pinto, C. S., Rodrigues, G. de S., & Cappucci, G. M. (2022). A Feminilidade na Psicanálise é Branca? O Desamparo Discursivo Sobre a Feminilidade da Mulher Negra. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 22(4), 1560–1580. https://doi.org/10.12957/epp.2022.71761

Edição

Seção

Dossiê Psicologia, Política e Sexualidades: crises, antagonismos e agências