Corpos em Disputa: Experiências de Travestis e Mulheres Trans no Acesso aos Banheiros Públicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2022.71746

Palavras-chave:

identidade de gênero, sexualidade, banheiros públicos, sexismo

Resumo

Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório que objetiva refletir sobre experiências de travestis e mulheres trans na utilização de banheiros públicos. Utilizamo-nos dos pressupostos da pesquisa documental para a produção de dados. Para tal, consideramos o conteúdo, comentários e curtidas do vídeo intitulado "Uma mulher trans deve frequentar o banheiro feminino?", disponível na plataforma Facebook. Tomamos como lente orientadora de todo o processo interpretativo a análise do discurso. Evidenciamos alguns pontos centrais para debate: a estruturação de um sistema de classificação social que posiciona travestis e mulheres trans em categorias de periculosidade; a relação profícua estabelecida entre os sistemas de categorização e classificação social e as categorias de gênero e sexualidade enquanto organizadores da vida cotidiana e dos espaços sociais; a manutenção dos discursos que asseguram a lógica dicotômica binária e, consequentemente, a patologização das experiências de travestilidade e transexualidade; e a articulação política como estratégia que assegura, nos processos de espacialização, a superação de dinâmicas que naturalizam violências legitimadoras de interdições e segregações. Por fim, observamos como ponto de convergência de todas as análises realizadas as estratégias de manutenção da vida de travestis e mulheres trans, através da desestabilização de sistemas de opressão.

Downloads

Publicado

15-12-2022

Como Citar

Rodrigues, P. L. R., Santos, L. F. dos, Santos, L. M. M. dos, Silva, W. M. da, & Queiroz, I. S. de. (2022). Corpos em Disputa: Experiências de Travestis e Mulheres Trans no Acesso aos Banheiros Públicos. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 22(4), 1458–1478. https://doi.org/10.12957/epp.2022.71746

Edição

Seção

Dossiê Psicologia, Política e Sexualidades: crises, antagonismos e agências