Branquitude e Educação: Um Estudo com Professoras de Escolas Públicas

Anna Luiza Barbosa Martins, Maria Helena Rodrigues Navas Zamora

Resumo


O artigo está baseado em uma pesquisa, concluída em 2018, que estudou a identidade racial branca tal como é percebida por professoras atuantes em escolas do município do Rio de Janeiro, selecionadas por amostra de conveniência. O objetivo foi investigar como essas educadoras, autodeclaradas brancas, percebem sua própria branquitude em relação a seu público na escola - em sua maioria alunos negros, e o impacto dessa diferença racial em sua prática profissional. O trabalho considera o racismo estrutural no Brasil e consiste em um diálogo entre referenciais teóricos dos Estudos Críticos da Branquitude, da Psicologia Social Crítica e da Educação Libertadora, usando como técnica entrevistas individuais, devidamente analisadas pelo método da Análise de Conteúdo. Percebeu-se tanto a necessidade de que os educadores brancos se vejam como racializados, quanto a relevância de um aprofundamento das discussões sobre relações raciais na escola. Evidenciou-se, também, a importância de ações coletivas e políticas públicas adequadas para lidar com as reverberações provocadas pela desigualdade racial no âmbito escolar.

Palavras-chave


branquitude; educação; raça; escola pública; psicologia social

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DOI: https://doi.org/10.12957/epp.2021.61048

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