Quando o Bom Conhecedor de Almas se Torna Psicólogo Experimentante

Elisabete Marques Jesus de Sousa

Resumo


O principal objetivo deste capítulo é analisar e comentar o que o ecléctico pensador dinamarquês Søren Kierkegaard (1813-1855) entende por conhecedor de almas (sjelekyndig), um termo que este filósofo e poeta peculiar faz equivaler a psicólogo na obra Para auto-exame, recomendado à época contemporânea. Em concordância com este objectivo, é analisado e comentado o modus operandi do psicólogo experimentante (experimenterende) tal como é assumido por vários dos seus autores narradores, designadamente, Johannes Climacus (em Pós-Escrito), Johannes de silentio (em Temor e Tremor) e Frater Taciturnus (em Estádios no Caminho da Vida). Experimenterende, ou seja, aquele que é definível pela prática da sua capacidade de experimentar, é efetivamente o adjectivo que com maior frequência surge a qualificar o termo "psicólogo". Nesta minha análise, é realçado o papel da imaginação no autor e no leitor e o modo como se associa à faculdade do juízo na interação leitor-texto-autor. É também sublinhado o papel fundamental do poético e do literário em todo este processo.

Palavras-chave


Kierkegaard; psicólogo experimentante; imaginação; recriação poético-literári; conhecedor de almas

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DOI: https://doi.org/10.12957/epp.2020.56648

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