Dialética do Fatalismo: do Fatalismo dos Indivíduos para o da Ordem

Autores

  • Pedro Henrique Antunes da Costa Universidade de Brasília - UnB
  • Kíssila Teixeira Mendes Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2020.52593

Palavras-chave:

pobreza, subjetividade, dialética, psicologia, América Latina

Resumo

O presente trabalho objetiva realizar um resgate crítico do conceito de fatalismo cunhado por Martín-Baró, à luz da realidade brasileira. Nesse processo, explicitaremos sua natureza dialética, a partir dos movimentos de resignação e revolta, em perspectivas individuais e/ou coletivas. Trata-se de uma pesquisa teórica, cuja discussão fundamentou-se nas formulações e trabalhos do autor, em literatura secundária sobre o conceito, produções acerca do processo de formação brasileiro e, nele, contextos de pobreza e exploração econômico-política, bem como dados sobre nossa realidade e manifestações artísticas nacionais ilustrativas. Para além da faceta de resignação do fatalismo, apontada por Martín-Baró, destacamos sua relação dialética com a revolta e entre possibilidades individuais e coletivas. Assim, como transformar o fatalismo dos indivíduos em direção a perspectivas de revolta capazes de provocar rupturas estruturais nessa sociabilidade? E como a Psicologia brasileira pode contribuir para isso? As possibilidades de passagem de um fatalismo dos indivíduos para o da ordem, a partir da práxis do psicólogo brasileiro ou enquanto visão de mundo geral, são: (1) recuperação da memória histórica; (2) fortalecer a organização popular; (3) compreender-se e atuar enquanto classe trabalhadora; (4) fortalecer as condições objetivas comunitárias e (5) conscientização enquanto horizonte da Psicologia.

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Publicado

09-07-2020

Como Citar

Costa, P. H. A. da, & Mendes, K. T. (2020). Dialética do Fatalismo: do Fatalismo dos Indivíduos para o da Ordem. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 20(2), 682–702. https://doi.org/10.12957/epp.2020.52593

Edição

Seção

Clio-Psyché