Sobre o que Ressoa e Faz Eco: Voz, Música e Lalíngua no Tratamento do Autismo

Autores

  • Beatriz Alves Viana Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Kemylle Mesquita Brito Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Luis Achilles Rodrigues Furtado Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2020.52589

Palavras-chave:

autismo, voz, lalíngua, psicanálise, música

Resumo

Esse artigo aborda a articulação entre os conceitos psicanalíticos de lalíngua e de voz, pensados a partir da clínica com sujeitos autistas. Com base nas vinhetas clínicas retiradas da literatura e da experiência de trabalho em serviços de Saúde Mental, busca-se investigar de que formas essas noções teóricas se apresentam primordialmente no ato de escuta e como estas podem indicar uma direção de tratamento no autismo a partir da música. A musicalidade da voz materna, por meio de uma ressonância que não se prende ao sentido, transmite uma invocação ao infans para que este advenha como sujeito, produzindo marcas a serem lidas. É necessário que tal invocação, para que possa ressoar no sujeito, ocorra primeiramente no campo do Outro, como forma de apelo. No autismo, no entanto, há impasses quanto à alienação aos significantes provenientes do Outro, sentidos como invasivos. Com isso, constatou-se que a introdução da musicalidade na clínica com esses sujeitos surge como possibilidade de deixar suas marcas, por se tratar de um elemento que permite mediação no âmbito da enunciação.

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Publicado

09-07-2020

Como Citar

Viana, B. A., Brito, K. M., & Furtado, L. A. R. (2020). Sobre o que Ressoa e Faz Eco: Voz, Música e Lalíngua no Tratamento do Autismo. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 20(2), 613–629. https://doi.org/10.12957/epp.2020.52589

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise