Pensamento Interpretativo de Freud Diante de uma Estética da Negatividade: Algumas Notas para Aproximação

Autores

  • Thianne Lourena Cardoso Roque Universidade Federal de Alagoas - UFAL
  • Lívia Medeiros Ramos da Silva Universidade Federal de Alagoas - UFAL
  • Cleyton Andrade Universidade Federal de Alagoas - UFAL

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2020.52587

Palavras-chave:

psicanálise, interpretação, estética

Resumo

Lançar mão de um regime estético que preza pela forma e que é pautado na negatividade é procurar romper com a sistematicidade e o autocoerente. Voltando-se à não-identidade e prescindindo de aspirações totalitárias de compreensão da obra, esse modelo de aproximação da arte tem seu rigor pautado num inacabado, num estar em constante transformação, num ser constituído pelo saber e o não-saber, conferindo à obra de arte um status de autonomia, autenticidade e singularidade. A partir disso, o artigo tem como objetivo investigar como a concepção de interpretação da arte sustentada por esse regime estético pode ser capaz de respaldar uma virada no pensamento interpretativo de Freud - este comumente colocado num lugar de utilização da arte para validar conceitos psicanalíticos. Conclui-se que é a partir de fenômenos que destoam que se pode localizar a potencialidade, o que leva a interpretação freudiana a tomar novos rumos. Olhando para seus textos como se olha para uma obra de arte - com atenção aos detalhes - é possível a emergência de um Freud repaginado.

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Publicado

09-07-2020

Como Citar

Roque, T. L. C., Silva, L. M. R. da, & Andrade, C. (2020). Pensamento Interpretativo de Freud Diante de uma Estética da Negatividade: Algumas Notas para Aproximação. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 20(2), 579–593. https://doi.org/10.12957/epp.2020.52587

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise