A Gestalt-Terapia na Fronteira: Alteridade e Reconhecimento como Cuidado

Autores

  • Monica Botelho Alvim Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2019.49290

Palavras-chave:

invisibilidade social, clínica ampliada, direitos humanos, arte, corpo

Resumo

O artigo propõe uma discussão sobre os desafios da clínica da Gestalt-Terapia no trabalho com populações em situação de invisibilidade social abordando, a partir da sua noção de fronteira de contato, os temas da alteridade e do reconhecimento como constitutivos de uma ação clínica de cuidado neste contexto. A partir de diálogos interdisciplinares, em especial com perspectivas do campo da filosofia, o trabalho propõe uma breve análise crítica da situação contemporânea, apontando para as relações entre fronteiras de direitos, invisibilidade social e existencial, propondo uma ação clínica fundada na ética da alteridade e da transformação que promova um trabalho clínico que aconteça na fronteira, no encontro com populações invisibilizadas e buscando dar a ver o que os afeta sem se mostrar. Apresenta os contornos gerais de um trabalho clínico com jovens de favelas, colocando em questão os direitos e o lugar do Estado para que o reconhecimento possa ser plenamente exercido e sua dimensão de potencializar a agência se realize. Conclui por considerar o trabalho com a alteridade e o reconhecimento como forma de cuidado que possibilita resgatar a capacidade de agência, a partir de uma ação clínica ampliada para a situação-favela em suas dimensões micro e macro políticas.

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Publicado

18-03-2020

Como Citar

Alvim, M. B. (2020). A Gestalt-Terapia na Fronteira: Alteridade e Reconhecimento como Cuidado. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 19(4), 880–895. https://doi.org/10.12957/epp.2019.49290