Família e instituições de acolhimento nos cuidados a adolescentes vítimas de incesto

Autores

  • Aline Luiza de Carvalho Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG
  • Márcia Stengel Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2018.38805

Palavras-chave:

família, abrigamento, adolescência, incesto

Resumo

Mesmo com as mudanças atuais em sua estrutura, papéis e funções, a família ainda mantém sua importante contribuição na formação subjetiva dos seus membros, embora vá perdendo sua centralidade. Quando nela apresenta relações conflituosas, admitindo a distorção de conceitos e valores entre o grupo, apresentam-se ainda mais dificuldades de convívio. Diante disto, como avaliar a experiência do incesto na representação deste grupo? Como ponderar a percepção e mudanças das rotinas quando as jovens, que sofreram com a violência sexual intrafamiliar, saem de suas residências para viver em uma instituição? E repercussões da triangulação (adolescente, família e instituição)? Buscou-se, portanto, aproximar esta realidade, comum às vítimas de violência, objetivando compreender o vínculo que se estabelece entre estas três representações. Observou-se que a situação de acolhimento institucional as tiram da história já constituída e as coloca em um outro lugar, para elas inseguro e incerto, onde são obrigadas a deixar suspensas a vida e relações anteriores, para conviver com pessoas não conhecidas até a solução do caso. Verificou-se dificuldades de manutenção das antigas e estabelecimento de novas relações, considerando fragilização dos laços desde a separação familiar, das dificuldades de identificação institucional e de estabelecimento de referências contínuas.

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Publicado

31-12-2018

Como Citar

Carvalho, A. L. de, & Stengel, M. (2018). Família e instituições de acolhimento nos cuidados a adolescentes vítimas de incesto. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 18(2), 426–445. https://doi.org/10.12957/epp.2018.38805

Edição

Seção

Psicologia Social