Sujeito e Subjetividade: aspectos silenciosos e silenciados na constituição dos sentidos
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2018.38118Palavras-chave:
silêncio, ato falho, sujeito, discursoResumo
Este trabalho propõe investigar as noções de subjetividade e sujeito para compreender aspectos constituintes do sentido. Pela Análise do Discurso (AD), investiga-se a subjetividade através da relação entre inter e intradiscurso, posição-sujeito e entrelaçamentos das formações discursivas. Pela Psicanálise, retomamos a constituição do sujeito descrita por Lacan que se conjectura na máxima: "O significante é o que representa o sujeito para outro significante". Nessas perspectivas, pretendemos apresentar possíveis respostas para as questões: Onde se encontra o sujeito lacaniano e qual a sua relação com a subjetividade? Assim, utilizaremos a noção de silêncio enquanto operador lógico, como propõe Tfouni (1998). O silêncio é considerado como agente, ora limitador, ora limitado pela palavra; ora alienado, ora separado do sentido. Na constituição da subjetividade, ele permite a ilusão de coesão, demarcando, em determinada materialidade, uma posição-sujeito. Desse modo, observa-se que o silêncio age tanto via repetição quanto via atos falhos, possibilitando a emergência de um sentido singular àquela subjetividade. O silêncio na lógica significante permite que ele seja tomado como articulador do sentido que engaja a escuta analítica pela mobilização do interdito. Para elucidar esses aspectos teóricos ressaltaremos dois casos reconhecidos na literatura analítica: o caso Aimée e o Esquecimento de Nomes Próprios.Publicado
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