Violência e cultura no pensamento freudiano: as duas faces de Jano Bifronte

Autores

  • Luciana Norat Coelho Universidade Federal do Pará – UFPA
  • Mauricio Rodrigues de Souza Universidade Federal do Pará – UFPA

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2017.37144

Palavras-chave:

pensamento freudiano, violência, cultura

Resumo

Sem se configurar como um fenômeno novo, a violência permanece um tema amplamente discutido na atualidade, trazendo desafios nada desprezíveis para diversos campos do saber. Ao considerar as ferramentas conceituais oferecidas pela psicanálise como particularmente relevantes para um debate sobre o assunto, o presente artigo detém como principal objetivo pesquisar os modos como a violência aparece abordada no pensamento de Freud, mais especificamente nas suas articulações suplementares com a cultura. Em termos metodológicos, trata-se de um estudo de natureza conceitual e histórica que, pela via de um levantamento bibliográfico, destaca em um primeiro momento certo otimismo freudiano quanto a uma possível mediação dos laços sociais e o afastamento da violência. Em seguida, são brevemente pontuadas importantes mudanças realizadas ao longo do percurso teórico de Freud, de modo que a hipótese inicialmente apresentada é recusada. Tal linha de investigação conduz à conclusão de que o discurso freudiano detém algo de singular a dizer sobre a questão da violência, destacando-o assim como alternativa frente aos discursos dominantes sobre o tema.

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Publicado

12-09-2018

Como Citar

Coelho, L. N., & Souza, M. R. de. (2018). Violência e cultura no pensamento freudiano: as duas faces de Jano Bifronte. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 17(2), 744–758. https://doi.org/10.12957/epp.2017.37144

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise