Psicanálise e Assistência Social: O Sujeito entre a Demanda e o Desejo

Autores

  • Thayane Bastos Moura Dias Universidade Federal de São João del-Rei
  • Wilson Camilo Chaves Universidade Federal de São João del-Rei
  • Fuad Kyrillos Neto Universidade Federal de São João del-Rei

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2017.34793

Palavras-chave:

CRAS, psicanálise, sujeito, demanda, desejo

Resumo

Refletimos aqui sobre as contribuições da Teoria Psicanalítica na especificidade da Política Socioassistencial. Trata-se de uma reflexão teórica orientada pelos pressupostos teórico-metodológicos da Psicanálise. A prerrogativa do cenário em questão é que o atendimento socioassistencial, voltado para a resolução das demandas dos usuários, seja pilar nessa instituição. O profissional de orientação psicanalítica, como técnico de referência do CRAS, deve ficar atento à demanda acerca dos direitos sociais. Esse é o objetivo primordial dessa instituição. No entanto, seu compromisso com a ética do desejo deve ser pautado na instituição. A diferenciação entre necessidade, demanda e desejo, orientada pela teoria psicanalítica, nos auxilia a diferenciar o que há de implícito na demanda socioassistencial que é endereçada ao CRAS. A afirmação de que há desejo, e não apenas necessidade no âmbito da Assistência Social, nos esclarece que existem sujeitos nessa instituição, e não simplesmente usuários. Uma prática institucional alicerçada na escuta se desdobra na consideração do sujeito no lugar do agente de um saber. Essa escuta propicia condições para o surgimento do sujeito em sua condição de desejante.

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Publicado

09-07-2018

Como Citar

Dias, T. B. M., Chaves, W. C., & Kyrillos Neto, F. (2018). Psicanálise e Assistência Social: O Sujeito entre a Demanda e o Desejo. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 17(1), 238–258. https://doi.org/10.12957/epp.2017.34793

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise