Da extimidade da Psicanálise e seu lugar na polis

Autores

  • Rita Manso UERJ
  • Marco Antonio Coutinho Jorge UERJ
  • Sonia Alberti UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2016.33205

Palavras-chave:

Psicanálise, sujeito, mal-estar, Universidade

Resumo

Este artigo desenvolve considerações acerca do ensino e da pesquisa em Psicanálise na Universidade. A existência da Psicanálise de orientação lacaniana na América Latina tornou-se cada vez mais forte, seja por sua contínua atividade formadora nas escolas de Psicanálise, seja por sua intensa produção editorial e também pela sua numerosa presença na Universidade – como o lugar onde os diferentes saberes são confrontados. Considerando que toda pesquisa no campo da Psicanálise é clínica, e toda clínica em Psicanálise é do mal-estar, é essa a crucial noção para entender que há sempre um real em jogo, impossível de simbolizar, e isso é de estrutura. Tendo sido criada por um desejo de Freud de ajudar a diminuir a dor da alma, em sua proposta de troca do sofrimento neurótico pela infelicidade banal, o artigo pretende verificar o lugar da Psicanálise na Universidade a partir de seu trabalho sobre os restos deixados de lado pela ciência moderna que, ao mesmo tempo, cria a condição de possibilidade para sua existência. Considera-se a Psicanálise filha da ciência moderna, mas uma filha bastarda, ao mesmo tempo íntima e estranha, que lida com os dejetos dela, a ciência. Tendo a ciência excluído o sujeito de seu campo, é à Psicanálise quem cabe acolhê-lo em seu mal-estar.

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Publicado

21-05-2018

Como Citar

Manso, R., Jorge, M. A. C., & Alberti, S. (2018). Da extimidade da Psicanálise e seu lugar na polis. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 16(4), 1078–1097. https://doi.org/10.12957/epp.2016.33205