O modelo de tratamento das comunidades terapêuticas: práticas confessionais na conformação dos sujeitos

Autores

  • Luciana Barcellos Fossi Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
  • Neuza Maria de Fátima Guareschi Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2015.16062

Palavras-chave:

comunidade terapêutica, drogas, biopolítica

Resumo

Este artigo aborda a especificidade do tratamento nas comunidades terapêuticas bem como seus efeitos na produção dos sujeitos usuários de substâncias psicoativas através da análise de projetos de tratamento de quatro comunidades terapêuticas, disponíveis na internet. A partir do Plano Integrado de Enfretamento ao Crack, publicado pelo governo federal em 2010, a política pública para drogas no Brasil incluiu o tratamento em comunidades terapêuticas, através de financiamento público, como uma estratégia de cuidado para os usuários de álcool e outras drogas. Assim, apresentamos a estrutura e o funcionamento dessas instituições bem como seu modelo de tratamento para os usuários de drogas, baseado na metodologia dos doze passos dos Alcoólicos Anônimos. Apontamos, dessa forma, as práticas de confissão no tratamento para usuários de drogas, como a articulação entre a moral religiosa e as tecnologias de disciplina e a biopolítica na conformação do modelo de atenção à saúde nesse contexto.

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Publicado

15-04-2015

Como Citar

Fossi, L. B., & Guareschi, N. M. de F. (2015). O modelo de tratamento das comunidades terapêuticas: práticas confessionais na conformação dos sujeitos. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 15(1), 94–115. https://doi.org/10.12957/epp.2015.16062

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise