Problemas de comportamento segundo vítimas de bullying e seus professores

Autores

  • Felipe Alckmin-Carvalho Universidade de São Paulo – USP
  • Sarah Izbicki Universidade de São Paulo – USP
  • Márcia Helena da Silva Melo Universidade de São Paulo – USP

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2014.13886

Palavras-chave:

bullying, violência escolar, problemas de comportamento, múltiplos informantes

Resumo

O estudo teve como objetivo comparar os escores de problemas de comportamento relatados por adolescentes, vítimas de bullying, aos escores reportados por seus professores, e discutir acerca das convergências e divergências, e de suas implicações. Para identificar alvos de bullying se utilizou a Escala de Violência Escolar e a versão traduzida do Peer Assessment. Na avaliação de problemas de comportamento foram utilizados o Youth Self Report e o Teacher Report Form. Participaram 50 adolescentes com média de 11,3 anos (DP=0,7), matriculados em duas turmas de Ensino Fundamental II (6º e 7º anos) de uma escola pública paulista. Destes, sete (14%) foram identificados como alvos de bullying, sendo quatro do gênero masculino. Problemas de comportamento internalizantes, externalizantes e totais estiveram em nível clínico na maioria das vítimas, segundo o relato dos próprios alunos e de seus professores, que relataram menos problemas de comportamento internalizantes e mais problemas de comportamento externalizantes em comparação ao referido pelos alunos alvos de bullying. Houve diferenças estatisticamente significativas em externalizantes (Z=-2,31; p=0,01). Os resultados encontrados fornecem informações sobre os padrões de interação presentes no grupo avaliado, ratificando a importância de estudos voltados ao tema e de intervenções que visem reduzir e prevenir a ocorrência de bullying.

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Publicado

05-12-2014

Como Citar

Alckmin-Carvalho, F., Izbicki, S., & Melo, M. H. da S. (2014). Problemas de comportamento segundo vítimas de bullying e seus professores. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 14(3), 834–853. https://doi.org/10.12957/epp.2014.13886

Edição

Seção

Psicologia Social