Cartografar (n)a prisão
Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar desafios específicos encontrados para pesquisar utilizando a cartografia como método em espaços, nos quais a circulação é restrita, como o cárcere. A cartografia enquanto metodologia de pesquisa poderia ser considerada como um exercício ético da possibilidade de ir e vir, ao passo que a prisão seria justamente o moralizante impedimento para tanto. Embora tenha sido escrito a partir de uma pesquisa cartográfica realizada num estabelecimento prisional, o texto não é um relato dessa investigação e sim uma análise peculiar sobre os dispositivos e ferramentas que tornaram possível cartografar no cárcere e cujas potencialidades foram evidenciadas ao praticar essa metodologia em condições tão limitantes à sua execução. A fim de apresentar esse processo de cartografar (n)a prisão é necessário mostrar os caminhos trilhados para ingressar nesse espaço, a adoção da cartografia como exercício e postura ética e uma análise da prisão durante o percurso. Para tanto é forçoso questionar como, por que, para que e o quê cartografar na prisão, abordando algumas considerações sobre política e economia do conhecimento. Desse modo, o artigo apresenta a cartografia como um método possível e potente para pesquisar no espaço prisional.
Palavras-chave
cartografia; prisão; cárcere; políticas do conhecimento
DOI: https://doi.org/10.12957/epp.2014.13883
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