Psicanálise e reabilitação psicossocial: limites e possibilidades de articulação

Autores

  • Doris Luz Rinaldi UERJ
  • Leonardo Henrique Cabral UERJ
  • Gabriela Sulaiman de Castro UERJ

Palavras-chave:

Psicanálise, Reforma psiquiátrica, Clínica

Resumo

O atual campo da assistência na Saúde Mental constitui-se pelo questionamento permanente dos saberes e práticas que norteiam o trabalho para com a loucura. No bojo desta discussão, a pesquisa “Clínica do sujeito e atenção psicossocial: novos dispositivos do cuidado no campo da saúde mental”, desenvolvida nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Estado do Rio de Janeiro, revelou, a partir de entrevistas realizadas com técnicos desses serviços e análise qualitativa dos depoimentos, a existência de um campo em construção bastante heterogêneo, onde os termos escuta, acolhimento e clínica, são ressignificados por profissionais de diferentes áreas. Assim, visamos identificar e reconhecer em suas falas a presença ora do saber psicanalítico, como referência dessas práticas, ora de uma atuação psicoterapêutica, a partir da idéia de reabilitação psicossocial, que é marca da reforma psiquiátrica brasileira. Com isso, pretendemos questionar os limites dessa reabilitação voltada para o resgate de habilidades sociais e promoção de cidadania, em detrimento de uma clínica voltada para o sujeito e sua singularidade. Acreditamos que tal discussão poderá contribuir para se (re)pensar a prática multiprofissional nas instituições de saúde, ao mesmo tempo em que se busca refletir sobre o lugar que a psicanálise ocupa e pode vir a ocupar neste âmbito.

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Publicado

01-04-2008

Como Citar

Rinaldi, D. L., Cabral, L. H., & Castro, G. S. de. (2008). Psicanálise e reabilitação psicossocial: limites e possibilidades de articulação. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 8(1), 118–125. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revispsi/article/view/10854