Nem público, nem privado, muito pelo contrário: sobre a clínica psicanalítica no ambulatório hospitalar

Autores

  • Junia de Vilhena Pontifícia Universidade Católica - Puc-Rio
  • Nadja Pinheiro Universidade Federal do Paraná

Palavras-chave:

Clínica psicanalítica, Hospital, Público/privado

Resumo

Objetivando promover uma reflexão acerca de atendimentos psicanalíticos desenvolvidos em ambulatório hospitalar, o presente artigo parte da hipótese que nesses ambientes há a (re)produção da interpenetração das esferas pública e privada característica das sociedades atuais. As autoras tomam, então, como estratégia, o abandono da clínica privada como modelo a ser implantado no contexto ambulatorial para destacar a especificidade do campo clínico emergente no hospital geral entendendo este, a partir da compreensão foucaultiana, como uma instituição disciplinar a qual, impondo o controle sobre o espaço, o tempo e o movimento funda a especificidade da clínica ambulatorial: a visibilidade, a transitoriedade e o campo transferencial complexo. A perspectiva winnicottiana é apresentada como alternativa clínica possível para se trabalhar analiticamente nesse contexto paradoxal, principalmente através de seus conceitos de espaço potencial e de holding.

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Publicado

01-04-2008

Como Citar

Vilhena, J. de, & Pinheiro, N. (2008). Nem público, nem privado, muito pelo contrário: sobre a clínica psicanalítica no ambulatório hospitalar. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 8(1), 101–109. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revispsi/article/view/10852