Biopolítica, racismo e vida nua: quando o sol não nasce para todos

Autores

  • Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Rio Grande do Sul; Universidade do Vale do Rio dos Sinos, UNIJUÍ, Rio Grande do Sul. http://orcid.org/0000-0002-7365-5601
  • André Giovane de Castro Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Rio Grande do Sul. http://orcid.org/0000-0002-8970-5685

DOI:

https://doi.org/10.12957/rqi.2021.50843

Resumo

O artigo aborda o tema da biopolítica e do racismo de Estado em face da população negra no Brasil. A problemática envolve a forma pela qual o racismo, como instrumento de justificação da morte direta ou indireta em uma sociedade marcada pela biopolítica, afeta os negros na Contemporaneidade em relação à violência e à persecução penal. A hipótese originária deste trabalho acadêmico evidencia a utilização do racismo como indispensável à eliminação, via morte e segregação, dos negros considerados como raça impura, ruim, perigosa e desnecessária para os fins da sociedade e do Estado. A investigação científica, à luz do método fenomenológico-hermenêutico, da abordagem qualitativa, da técnica exploratória e dos procedimentos bibliográfico e documental, objetiva estudar criticamente a formação e a vinculação da biopolítica com o racismo, o modo de realização do racismo frente aos negros, principalmente no Brasil, e a situação da população negra sob a perspectiva da biopolítica. A pesquisa, por fim, concebe a existência dos negros atrelada à condição de homo sacer, retratada pela vida nua, desprovida de direitos humanos e eliminável do tecido político-social, no disseminado estado de exceção em vastos campos contemporâneos.

 

Biografia do Autor

Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Rio Grande do Sul; Universidade do Vale do Rio dos Sinos, UNIJUÍ, Rio Grande do Sul.

Doutor e mestre em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Direito Penal e Direito Processual Penal e bacharel em Direito pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Coordenador e Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito – Mestrado e Doutorado em Direitos Humanos – da UNIJUÍ. Professor dos Cursos de Graduação em Direito da UNIJUÍ e da UNISINOS. Coordenador da Rede de Pesquisa Direitos Humanos e Políticas Públicas. Líder do Grupo de Pesquisa: Biopolítica e Direitos Humanos (CNPq). Pesquisador Gaúcho (FAPERGS). 

André Giovane de Castro, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Rio Grande do Sul.

Doutorando e mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito – Mestrado e Doutorado em Direitos Humanos – da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Bacharel em Direito pela UNIJUÍ. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Integrante do Grupo de Pesquisa: Biopolítica e Direitos Humanos (CNPq).

 

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Publicado

2021-04-06

Como Citar

Wermuth, M. Ângelo D., & de Castro, A. G. (2021). Biopolítica, racismo e vida nua: quando o sol não nasce para todos. REVISTA QUAESTIO IURIS, 14(01), 291–321. https://doi.org/10.12957/rqi.2021.50843