A teoria da sociedade de risco como instrumento para a compreensão da emergência dos movimentos sociais urbanos no Brasil: um contraponto crítico / The theory of risk society as a tool for understanding the emergence of urban social movements in Brazil...
DOI:
https://doi.org/10.12957/rqi.2015.18821Resumo
Trabalho enviado em 20 de agosto de 2015. Aceito em 22 de outubro de 2015.
DOI: 10.12957/rqi.2015.18821
Resumo
O presente texto ocupa-se da teoria da sociedade mundial do risco, tal como desenvolvida por Ülrich Beck, como instrumento para compreensão das Jornadas de Junho no Brasil, bem como de outros movimentos sociais de protesto (tais como os eventos associados ao Ocuppy e ao Indignados). Emergindo no meio urbano na última década, esses eventos associaram o problema das condições de vida nas cidades a uma crítica radical da ordem político-econômica mundial. O objetivo não é oferecer interpretações acabadas acerca dos movimentos sociais, e sim refletir criticamente sobre importantes conceitos presentes na obra Beck, discutindo em que medida poderiam contribuir para a elucidação do significado e do alcance político-jurídico dos referidos eventos. Redigido em forma de ensaio, o texto pergunta, sob vários ângulos, pelas vantagens e limites da sociologia do risco de Beck, com destaque para o contraponto com as teorias críticas contemporâneas comprometidas com o propósito de pensar a subjetividade política como evento, como em Jacques Rancière e Slavoj Žižek.
Palavras-Chaves: risco, democracia, movimentos sociais, novos direitos.
Abstract
This text deals with the theory of world risk society, developed by Ülrich Beck, as a tool for understanding Jornadas de Junho movement in Brazil, as well as other social protest movements (such as the events associated to Ocuppy and Indignados). Emerging in the urban environment in the last decade, these events associated the problem of living in cities to a radical criticism of the political and economic world order. The goal is not to offer a definitive comprehension about the social protest movements but, on the contrary, reflecting critically about important concepts presented in Beck's theory, therefore discussing the extent to which these notions could contribute to the clarification of the political meaning of these events. Drawn up in the form of essay, the text argues, under various angles, by the advantages and limits of Beck's Sociology of risk, highlighting a counterpoint with those new critical theories committed with the purpose of thinking political subjectivity as event, like it occurs in Jacques Rancière and Slavoj Žižek.
Keywords: risk, democracy, social movements, new rights.
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