MEMÓRIAS, DEBATES E PRODUÇÕES: TECENDO ALGUNS DEBATES ACERCA DAS AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR

SANDRA REGINA DE SOUZA MARCELINO

Resumo


O presente artigo tem como objetivo fazer um breve resgate da implementação da política de cotas na sociedade brasileira e a luta do movimento negro pela democratização e acesso de negros no ensino superior. Dividido em três momentos, no primeiro dialogamos com o passado e o presente da política de cotas; em seguida, resgatamos a experiência pioneira da UERJ e da PUC- Rio narrada em pesquisas, e por fim, apresentamos algumas produções acadêmicas do Centro de Educação e Humanidades e do Centro de Ciências Sociais do Banco Digital de Teses e Dissertações (BDTD/UERJ) datadas entre 2012-2022. As cotas no discurso brasileiro tornaram-se a principal expressão das políticas de ação afirmativa permeada do discurso falacioso do mito da democracia racial e do princípio do mérito. Desde modo, concluímos que a chegada cada vez mais crescente dos “improváveis” nas universidades desestabilizou a ordem, problematizou as equações desiguais instituídas nas relações de poder, contribuiu com as experiências curriculares plurais trazendo para dentro e fora das salas de aula a recomposição epistêmica e os debates acerca da racialização das relações e lugares de poder.


Palavras-chave


Ação Afirmativa; Ensino Superior; Racismo; Movimento Negro.

Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.12957/periferia.2023.68896

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil  

Revista Periferia, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas – PPGECC/UERJ - ISSN: 1984-9540