A CAPOEIRA E A ESCOLA: UM OLHAR ETNOGRÁFICO
Resumo
O artigo se propõe a discutir as implicações do diálogo entre uma escola da educação básica da rede municipal de ensino da cidade de Nova Iguaçu/RJ e a capoeira. Trata-se de uma etnografia das aulas de capoeira que envolveu diferentes sujeitos do espaço escolar: oficineira de capoeira, professoras e estudantes. A escola analisada trabalhou com a capoeira a partir do Programa Mais Educação, que, entre outros objetivos, visa aumentar a permanência de estudantes no espaço escolar a partir da oferta de atividades educativas no contra turno escolar. As considerações finais apontam que a vinculação da capoeira com a cultura afro-brasileira, por vezes, tem sido rejeitada devido à presença de traços que a conectam com a religiosidade de matriz africana, sobretudo o candomblé e a umbanda. Diante desse contexto, identificamos, nas aulas de capoeira, tentativas de “esportizar” a manifestação como forma de lidar com a intolerância religiosa presente no cotidiano escolar.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.12957/periferia.2019.36382
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil
Revista Periferia, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas – PPGECC/UERJ - ISSN: 1984-9540