“AÍ QUE ACABA MEU MAR DE ROSAS E COMEÇA O MEU CALVÁRIO”: GÊNERO, SEXUALIDADE E O APRENDIZADO COM A DIFERENÇA

Dilton Ribeiro do Couto Junior

Resumo


DOI: 10.12957/periferia.2017.29554

Este texto é fruto de pesquisa de doutorado recentemente concluída que investigou as marcas da abjeção de um grupo de jovens no Facebook. Esse grupo, constituído por jovens que se autodenominam gays, lésbicas e bissexuais, discute questões de gênero e sexualidade, com uma ênfase na crítica à heteronormatividade. A proposta deste texto é pensar uma educação com a diferença a partir do relato sobre relacionamentos amorosos de um dos membros do grupo. O relato do jovem Nectar (pseudônimo) no Facebook foi interpretado à luz das contribuições de autores que discutem as relações de poder, a heteronormatividade, a diferença, a produção dos estereótipos e das representações. Além disso, também busquei auxílio na metáfora do “armário” para compreender os gêneros e as sexualidades e, no decorrer das reflexões tecidas neste trabalho, aproprio-me da perspectiva queer como forma de desnaturalizar e ressignificar a matriz hegemônica da heterossexualidade. Considero que pensar uma educação com a diferença significa contestar a produção de uma diferença que identifica os sujeitos queer (“estranhos”, “esquisitos”) como “anormais” e colocar em xeque a universalização das singularidades, responsável pelo enquadramento dos sujeitos em categorias reconhecíveis e fixas que desconsideram as múltiplas formas de existência humana.

 


Palavras-chave


gênero; sexualidade; heteronormatividade; diferença

Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.12957/periferia.2017.29554

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil  

Revista Periferia, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas – PPGECC/UERJ - ISSN: 1984-9540