BICHAS DESTRUIDORAS MESMO: CONSTRUINDO UMA VIADA BEM AFEMINADA
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2017.29360Palavras-chave:
gays afeminados, heteronormatividade, identidadeResumo
DOI: 10.12957/periferia.2017.29360
Este artigo busca desenvolver uma discussão analítica e crítica acerca da produção da identidade afeminada, a partir de dois vídeos e um filme documentário, publicados na internet: “Gays afeminados”; “Lázaro, 22”; e “Bichas, o documentário”. Essas produções audiovisuais contestam o lugar de abjeto destinado aos gays afeminados, retomando-os como potência transformadora. Junto às teóricas e aos teóricos queer, dos estudos culturais, feministas, pós-estruturalistas e da comunicação social, neste artigo busca-se questionar o caráter ofensivo que se atribui à feminilidade nas relações estabelecidas entre as bichas e na militância LGBT e a tentativa de extinguir o que é culturalmente classificado como feminino da construção dos corpos e das identidades. Acredita-se que tais vídeos, sobretudo a partir do momento em que extrapolam o ambiente da internet e influenciam o agendamento da grande mídia, tornam-se ferramentas de transformação do modelo de dominação masculinista, inclusive do ideal de masculinidade hegemônica e da heteronormatividade afirmados pelas próprias bichas.
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