Do trecento ao cinquecento: história da língua italiana na perspectiva do contato e das políticas linguísticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2020.51265

Palavras-chave:

Língua italiana, História da língua italiana, Contato linguístico, Políticas linguísticas.

Resumo

O território italiano é um campo fértil de investigação sociolinguística e histórica. Os muitos eventos sócio-históricos que formaram a Itália são atravessados, a todo momento, por questões linguísticas. A unificação do país, por exemplo, resultou na eleição de uma dentre as diferentes línguas do território, o fiorentino, escolhida para ser a língua italiana standard. O fiorentino, entretanto, vinha desde o século XIV, o trecento italiano, despontado como língua de uso comum, quer escrita, quer falada, no território da península italiana. Assim, no período entre o trecento e o cinquecento italiano, séculos XIV a XVI, começa um processo de consolidação e expansão do fiorentino, volgare ou toscano por todos os reinos do território que viria a ser chamado de Itália. Cooperaram para tanto a atuação dos literatos – como Dante, Petrarca e Boccaccio –, da Igreja Católica e da imprensa, cada qual a seu modo dando o impulso que o fiorentino precisava para expandir-se. Nossa investigação concentrou-se na hipótese de serem os eventos descritos o início de uma unificação linguística da Itália, aqui discutida não na perspectiva habitual dos linguistas italianos, dialetológica e sistêmica, mas na perspectiva do contato linguístico e das políticas linguísticas. Nossos resultados apontam para um processo gradual e permanente que faria do fiorentino, já desde o século XIV, a língua italiana de uso amplo e comum.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2020-12-21

Como Citar

SILVA-ALVES, Jefferson Evaristo do Nascimento. Do trecento ao cinquecento: história da língua italiana na perspectiva do contato e das políticas linguísticas. Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 34, p. 327–343, 2020. DOI: 10.12957/palimpsesto.2020.51265. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/51265. Acesso em: 9 maio. 2025.