Padrões alimentares e doenças crônicas em inquérito com adultos na Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2022.63148Palavras-chave:
Consumo de alimentos. Doença crônica. Adulto. Análise fatorial.Resumo
Objetivo: Identificar os padrões alimentares e verificar a prevalência de doenças crônicas segundo esses padrões na população de Rio Branco, Acre. Método: Trata-se de um inquérito com 1.701 adultos no município de Rio Branco. Utilizaram-se o questionário quantitativo de frequência alimentar (QFA) e os padrões alimentares obtidos por análise fatorial. Resultados: Na análise fatorial, foram identificados cinco padrões: ultraprocessados e doces; frutas; tradicional; verduras e legumes; e saladas e condimentos. Os resultados sugerem que o consumo de ultraprocessados e doces é mais prevalente em homens (58,6%; p-valor: 0,004), na idade entre 18 a 39 anos (64,4%; p-valor: <0,001), com maior escolaridade (62,9%; p-valor: 0,001), praticantes de atividade física (62,8%; p-valor: <0,001), não fumantes (56,0%; p-valor: 0,027) e portadores de hipertrigliceridemia (43,7%; p-valor: <0,001), hipercolesterolemia (45,2%; p-valor: <0,001) e síndrome metabólica (42,9%; p-valor: 0,012). Conclusão: Ressalta-se a necessidade de consolidar programas e ações com enfoque no consumo alimentar saudável, especialmente entre os homens, jovens, com maior escolaridade visando à redução de doenças como hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia e síndrome metabólica.
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