COMPOSIÇÃO CORPORAL E TAXA METABÓLICA BASAL EM MULHERES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

Autores

  • Marina de Figueiredo Ferreira UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2013.6038

Resumo

Os indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) são, na sua maioria, obesos e, para a redução da massa corporal e manutenção do controle glicêmico, é necessário o planejamento dietético, que tem como base o cálculo da necessidade energética. A taxa metabólica basal (TMB) é o principal contribuinte do gasto energético total e a composição corporal é o determinante principal da TMB. O objetivo desta pesquisa foi analisar a influência dos componentes da composição corporal na TMB medida em mulheres com DM2. Participaram do estudo seccional 28 mulheres adultas com DM2, com idades entre 37 e 59 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro. As variáveis observadas foram: TMB medida por calorimetria indireta, TMB estimadas por equações de predição propostas na literatura, massa corporal e estatura com a determinação do índice de massa corporal, perímetro da cintura, composição corporal pelo método de absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA), glicemia, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos. Foi utilizado o teste t pareado para determinar a significância estatística entre a diferença da TMB medida com as estimadas, calculados os desvios percentuais entre a TMB medida e as estimadas e a correlação linear de Pearson. As correlações julgadas estatisticamente relevantes (pvalor < 0,05) serviram para estimar a TMB por modelos regressivos lineares simples e múltiplos. Houve diferença significativa entre a TMB medida e as estimadas para as equações da FAO/WHO/UNU e de Huang et al. A equação que mais superestimou a TMB foi a de Huang et al. (11,26%; 4 a 18), seguida da FAO/WHO/UNU (10,58%; 3 a 18). No entanto, a que mais subestimou a TMB foi a de Mifflin et al. (-2,58%; -8 a 3). A matriz de correlação identificou, como correlações positivas significativas com a TMB, a massa corporal (0,729), o índice de massa corporal (0,640), o perímetro da cintura (0,705), a massa gorda (0,705) e a massa corporal magra (0,642). As que foram usadas no modelo de regressão linear múltipla foram a massa corporal magra e a massa gorda. Este modelo atingiu valor de 53%, índice igual ao da regressão linear univariado quando a TMB é estimada pela massa corporal. Os procedimentos adotados possibilitaram indicar que a equação de Owen et al. foi a que mais se aproximou da medida pela calorimetria indireta. Com relação ao modelo de regressão linear mais adequado para mulheres com DM2, ressalvando características próprias do grupo específico, poderia incluir tanto unicamente a massa corporal quanto a massa corporal magra somada a massa gorda. Porém cabe ressaltar que a medida da massa corporal é operacionalmente mais simples de realizar nas clínicas públicas e privadas e já é o somatório dos dois compartimentos corporais considerados descritos acima.

Publicado

2013-05-14

Como Citar

Ferreira, M. de F. (2013). COMPOSIÇÃO CORPORAL E TAXA METABÓLICA BASAL EM MULHERES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 8(1), 85–86. https://doi.org/10.12957/demetra.2013.6038

Edição

Seção

TESES E DISSERTAÇÕES