CULTURA MATERIAL E ALIMENTAÇÃO: A EVOLUÇÃO DOS UTENSÍLIOS À MESA E A CONSOLIDAÇÃO DE COMPORTAMENTOS DURANTE A REFEIÇÃO
Resumo
A alimentação não é a simples satisfação de uma necessidade nutricional e biológica, representa um meio de expressão cultural permeado por convenções que transmitem mensagens e em que imperam o bom comportamento . O compartilhamento de refeições também é fonte de prazer, e possui papel significativo na construção e solidificação de relações sociais. No âmbito da alimentação, é importante considerar não somente o tipo de alimento consumido, a quantidade ou a maneira como é preparado, mas deve-se atribuir igual relevância às circunstâncias do consumo. Os objetos utilizados, sua disposição à mesa, a forma de manipulação, ordem de uso, entre outros protocolos, refletem simbologias herdadas ao longo dos séculos e moldam o contato do comensal com o alimento. O presente artigo propõe que o interagir contextual com os utensílios empregados na alimentação consolida progressivamente certos hábitos e colabora na construção identitária, na medida em que variações na cultura material resultam em formas distintas de se lidar com o alimento. Utiliza-se uma aproximação do ponto de partida europeu, por sua vasta influência no Brasil e no mundo em decorrência dos modos e produtos difundidos no período de expansão marítima e colonização. Além de uma análise da evolução e diversificação dos aparatos utilizados nas refeições, e o intrínseco desenvolvimento das regras de etiqueta, segue-se uma breve exposição das influências de tais costumes na mesa do brasileiro.
DOI: 10.12957/demetra.2016.22229
Palavras-chave
DOI: https://doi.org/10.12957/demetra.2016.22229
e-ISSN: 2238-913X
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