O EFEITO TARDIO DA PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO NA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA: REVISÃO SISTEMÁTICA DE ESTUDOS OBSERVACIONAIS

Autores

  • Adriany Cristine Santos Gonçalves Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2014.10832

Resumo

A amamentação representa um período de intensa mobilização óssea para produção de leite. Durante esta fase, a mulher sofre uma grande perda de massa óssea com evidências de recuperação após o desmame. Atualmente este tem sido um período preocupante na vida mulher, pois há suspeitas desta perda óssea na lactação gerar um efeito tardio na densidade mineral óssea (DMO) quando esta mulher está na pós-menopausa. A DMO reduzida é o principal fator de risco para a osteoporose que afeta em torno de 200 milhões de mulheres com mais de cinquenta anos no mundo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da prática da amamentação na densidade mineral óssea de mulheres na pós-menopausa. Para isto, foi realizada uma revisão sistemática da literatura. A busca de artigos foi feita em bases dados (Lilacs, Medline via Pubmed e Scopus) complementada por checagem manual de referências. Foi identificado um total de 181 artigos e, após aplicação dos critérios de inclusão, selecionados 24 artigos para a revisão sistemática. Os resultados dos diversos estudos são divergentes em questões metodológicas, de classificação da duração da amamentação, quanto às variáveis confundidoras, grupo de idade e etnia, o que dificulta a comparabilidade entre eles. Parte dos estudos referem algum tipo de efeito (positivo ou negativo) e outra parte não, sendo mais frequente a observação de uma correlação inversa entre a amamentação e a densidade mineral óssea em pós-menopausadas. Porém, quando outras variáveis (número de gestações, idade, tempo desde a menopausa, entre outras) são consideradas na análise em conjunto com a amamentação, este último perde a relação de significância. Ainda são necessários mais estudos com melhor rigor metodológico para avaliar se de fato o efeito pode ser atribuído à amamentação ou a outros fatores que também estão relacionados com a densidade mineral óssea na pós-menopausa.

DOI 10.12957/demetra.2014.10832

 

Biografia do Autor

Adriany Cristine Santos Gonçalves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

GONÇALVES, Adriany Cristine Santos. O efeito tardio da prática da amamentação na densidade mineral óssea de mulheres na pós-menopausa: revisão sistemática de estudos observacionais. 2012. 66 p. Dissertação (Mestrado em Alimentação, Nutrição e Saúde) – Instituto de Nutrição, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. Orientador: Eduardo Faerstein.

Publicado

2014-05-04

Como Citar

Gonçalves, A. C. S. (2014). O EFEITO TARDIO DA PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO NA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA: REVISÃO SISTEMÁTICA DE ESTUDOS OBSERVACIONAIS. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 9(1), 191. https://doi.org/10.12957/demetra.2014.10832

Edição

Seção

TESES E DISSERTAÇÕES