what can we do in the encounter with childhood? an invitation to a heterotopic look

Authors

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2021.62845

Keywords:

discourse, childhood, special education, heterotopy.

Abstract

This paper aims to propose an invitation to look at the kind of childhood we have been constructing from the practices of Special Education, in articulation with the practices of Early Childhood Education. It problematizes the discursive webs formed in this articulation, considering the way that Special Education teachers working with Early Childhood in public schools regard childhood. Such discussions have derived from the uneasiness of thinking about how we have been producing childhood, given the policy of expanding mandatory attendance to four-year-old children. The analytical exercise, inspired by the discourse analysis proposed by Michel Foucault, has enabled us to question the production of subjects, truths and realities in the “confessions” of the interviewed teachers, in which we have identified two ways of thinking about and producing childhood: captured childhood, which is produced through the operationalization of normalization practices by Special Education, determined by the will to knowledge and the will to power over childhood; and childhood as heterotopy, produced as a powerful movement of resistance and denaturalization of normalizing practices – childhood regarded from other places, as an infinite, multiple, non-nameable, ever undetermined becoming, as an invitation to thought: what can we do in the encounter with childhood(s)?

Author Biographies

letícia de lima borges, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Educadora Especial Licenciada pela UFSMEspecialista em Gestão Educacional - UFSM
Mestra em Educação pela UFSM  Doutoranda em Educação - UFSM

eliana da costa pereira de menezes, Universidade Federal de Santa Maria

Eliana da Costa Pereira de Menezes – 
Doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos/UNISINOS (2011); Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria/UFSM (2005); graduada em Educação Especial pela Universidade Federal de Santa Maria/UFSM (2001). Professora Associada 2 do Departamento de Educação Especial/EDE da Universidade Federal de Santa Maria/UFSM e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM. Líder do Grupo de Pesquisa Diferença, Educação e Cultura/DEC/UFSM e pesquisadora do GEPI - Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão/UNISINOS, os quais integram a Rede de Investigação em Inclusão, Aprendizagem e Tecnologias em Educação (RIIATE).Foi professora na rede pública de ensino do município de Santa Maria/RS e em instituições específicas de Educação Especial.

References

BIESTA, Gert. O dever de resistir: sobre escolas, professoras e sociedade. Revista Educação quadrimestral. Porto Alegre. V. 41, n. 1. p. 21-29, jan-abr. 2018

BRASIL. Lei 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dá outras providências.

[...]

BUJES, Maria Isabel Edelweiss. Infância e Maquinarias. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

BUJES, Maria Isabel Edelweiss. Descaminhos. In: COSTA, Marisa Vorraber (org.) Caminhos investigativos II: outros modos de pensar e fazer pesquisa em educação. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina Editora, 2007.

DANELON, Márcio. A infância capturada: escola, governo e disciplina. In.: RESENDE, Haroldo. (Org). Michel Foucault: o governo da infância. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015. cap. 12, p. 217-258.

FISCHER, Rosa Maria Bueno. Trabalhar com Foucault: arqueologia de uma paixão. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

FOUCAULT, Michel. Os anormais: curso no Collège de France (1974-1975). Tradução Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Tradução: Laura Fraga de Almeida Sampaio. 23. ed.- São Paulo: Edições Loyolla, 2013. (Leituras Filosóficas).

FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. Tradução: Salma Tannus Muchail. 1ª ed. N-1 Edições, 2013.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Tradução: Luiz Felipe Baeta Neves. 8 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014

FOUCAULT. MICHEL. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Tradução: Salma Tannus Muchail. 10. Ed. São Paulo: Martins Fontes – selo Martins, 2016.

FOUCAULT, Michel. Outros espaços. In:. BARRO DA MOTTA, Manoel (Org.). Estética: literatura e pintura, música e cinema. Ditos e Escritos III. Tradução: Inês Autran Dourado Barbosa. 4 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.

FERRE, Nuria Pérez de Lara. Pensar muito além do que é dado, pensar a mesmidade a partir do outro que está em mim. In.: SKLIAR. Carlos. Pedagogia (improvável) da diferença: e se o outro não estivesse aí? Tradução: Giane Lessa. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

GALLO, Silvio. Pensar a escola com Foucault: além da sombra e da vigilância. In. CARVALHO, Alexandre Filordi de.; GALLO. Silvio (org.). Repensar a educação. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2015. p. 427-449.

HATTGE, Morgana Domênica. Performatividade e inclusão no movimento todos pela educação. 2014. 182f. Tese (doutorado). Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

KOHAN, Walter Omar. Infância. Entre educação e filosofia. 1ª ed., 1. reimp. - Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

KOHAN, Walter Omar. Infância. Entre educação e filosofia. 1ª ed., 1. reimp. - Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

LUNARDI, Márcia Lise. Educação Especial: institucionalização de uma racionalidade específica. In.: A invenção da surdez: cultura, alteridade, identidade e diferença no campo da educação. THOMA, Adriana da Silva (Org.) e LOPES, Maura Corsini (Org.). Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2004. 236p.

LUNARDI-LAZZARIN, Márcia Lise.; MENEZES, Eliana Pereira. Pesquisas em Educação Especial: investigações a partir dos estudos pós-críticos em educação. In.: COSTAS, Fabiane Adela Tonetto.; PAVÃO, Sílvia Maria de Oliveira. (Orgs.). Pesquisa em Educação Especial: referências, percursos e abordagens. 1ª ed. Curitiba, Apris, 2015. p. 199-214.

LOCKMANN, Kamila. Medicina e inclusão escolar: estratégias biopolíticas de gerenciamento do risco. In.: FABRIS, Eli T. Henn.; KLEIN, Rejane Ramos (Orgs.) Inclusão e biopolítica. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

MASSCHELEIN, Jan.; SIMONS, Maarten. Em defesa da escola: uma questão política. Tradução Cristina Antunes. 2ª ed.; 2. reimp. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

MOTA, Maria Renata Alonso. As crianças de seis anos no ensino fundamental de nove anos e o governamento da infância. 2010. 175f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

PARAÍSO, Marlucy. Diferença no currículo. Cadernos de Pesquisa, v. 40, n. 140, p. 587-604, maio/ago., 2010.

PARAÍSO, Marlucy. A Ciranda do Currículo com gênero, poder e resistência. Currículo sem Fronteiras. V. 16, n. 3, p. 388-415, set./dez., 2016.

RESENDE, Haroldo. (Org). Michel Foucault: o governo da infância. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.

SKLIAR, Carlos. Desobedecer a linguagem: educar. Tradução Giane Lessa. 1ª. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

VEIGA-NETO, Alfredo. Espaços, tempos e disciplinas: as crianças ainda devem ir à escola? In: ALVES-MAZZOTTI, Alda et al. Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender. Rio de Janeiro: DP&A, 2000a. p. 9-20.

Published

2021-12-27

How to Cite

borges, letícia de lima, & menezes, eliana da costa pereira de. (2021). what can we do in the encounter with childhood? an invitation to a heterotopic look. Childhood & Philosophy, 17, 01–28. https://doi.org/10.12957/childphilo.2021.62845

Issue

Section

articles