UMA CONFRATERNIZAÇÃO PALOPIANA EM LISBOA: OS VIVOS, O MORTO E O PEIXE-FRITO, DE ONDJAKI
Resumo
Ondjaki é reconhecido pela crítica literária como um dos mais importantes escritores angolanos contemporâneos. Autor de uma vasta obra, composta por distintos gêneros, as produções infantojuvenis se destacam entre os escritos do autor. Diante disso, este ensaio toma como objeto de estudos a peça Os vivos, o morto e o peixe-frito (2014), e tem como objetivo principal refletir sobre as conexões entre a obra e a literatura infantojuvenil angolana, assim como destacar as tramas linguísticas e os jogos de palavras que emergem dos diálogos da peça, destacando a diversidade da língua portuguesa. Para isso, nos ancoramos nas reflexões teóricas de Maria Celestina Fernandes (2008; 2018), Manuel Jorge (2002), Moreira (1999), Macedo e Chaves (2007), Anatol Rosenfeld (1994), Pedro Barbosa (2003), entre outros. A língua portuguesa surge, na obra, como o elemento que, ao mesmo tempo em que une as personagens em uma perspectiva macro, pois todas falam português e têm origem lusófona, as diferencia quando observadas de perto. Assim, apesar de os PALOP terem adotado o português e, portanto, a língua do colonizador, permearam-na com elementos das tradições culturais de cada país, originando não uma, mas várias línguas portuguesas.
Palavras-chave
Literatura infantojuvenil; Literatura angolana; Teatro; Cultura; Ondjaki.
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PDFDOI: https://doi.org/10.12957/seminal.2022.69971
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ISSN: 1414-4298 | e-ISSN: 1806-9142

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