PERCEÇÕES DOS TRADUTORES TIMORENSES SOBRE A FORMAÇÃO DE TRADUÇÃO EM TIMOR-LESTE

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Paulo Henriques
Rui Ramos

Resumo

Após a restauração da independência de Timor-Leste, em 2002, o Estado avançou imediatamente com a política de restauração da identidade linguística do povo timorense abalada e/ou quase perdida ao longo de 24 anos pela ocupação indonésia e pela expansão do bahasa indonesia no território. Esta política ganhou relevo na agenda do desenvolvimento e levou o Estado a escolher o português e o tétum como línguas oficiais e da identidade timorense, reconhecendo simultaneamente o inglês e o indonésio como línguas de trabalho e de contactos internacionais, e reconhecendo igualmente a existência de um conjunto alargado de línguas locais que caraterizam as diversas regiões do país. A consciência da diversidade linguística timorense levou à criação de serviços de tradução nos organismos do Estado, originando assim um pequeno grupo de profissionais com trabalho discreto mas de importância capital para a democratização do acesso dos cidadãos ao sistema político, à comunicação social e à justiça, por exemplo.

Esta investigação surge com o objetivo de questionar a perceção dos tradutores timorenses sobre o serviço de tradução em Timor-Leste. Para o efeito, recolhemos perceções e opiniões de tradutores, sobre a sua ação e sobre a formação inicial adquirida, assim como sobre a sua visão das necessidades de formação contínua ou pós-graduada.

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Como Citar
HENRIQUES, Paulo; RAMOS, Rui. PERCEÇÕES DOS TRADUTORES TIMORENSES SOBRE A FORMAÇÃO DE TRADUÇÃO EM TIMOR-LESTE. Caderno Seminal, Rio de Janeiro, n. 42, 2022. DOI: 10.12957/seminal.2022.64697. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/64697. Acesso em: 2 dez. 2024.
Seção
Dossiê: CPLP, 25 anos: questões de língua
Biografia do Autor

Paulo Henriques, Universidade do Minho

Doutor em Ciências da Educação, especialidade em Literacias e Ensino do Português, pela Universidade do Minho, Portugal (2021).

Mestre em Português Língua Segunda/Língua Estrangeira – Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2015).

Licenciado em Ensino de Língua Portuguesa – Universidade Nacional Timor Lorosa’e (2012)

Rui Ramos, Universidade do Minho

Rui Ramos concluiu o doutoramento em Linguística pela Universidade do Porto em 2006. É Professor Auxiliar na Universidade do Minho. Publicou 35 artigos em revistas especializadas e 20 trabalhos em atas de eventos; é (co)autor de 20 capítulos de livros; de 2 livros; de 3 programas escolares e 1 guia para professores em Timor-Leste; e de 3 livros pedagógicos para a Guiné-Bissau; é (co)editor de 10 livros. Orientou 3 teses de doutoramento e (co)orientou 13 dissertações de mestrado. Entre 2005 e 2021 participou/participa em 8 projetos de investigação. É editor-adjunto da REDIS - Revista de Estudos do Discurso (Faculdade de Letras do Porto, Portugal / Universidade de São Paulo, Brasil). Atua nas áreas de Humanidades com ênfase em Linguística (Análise do Discurso) e Ciências Sociais com ênfase em Educação. Tem experiência de cooperação internacional com Timor-Leste (lecionou na Universidade Nacional Timor Lorosa'e em dois anos e foi Coordenador-adjunto Científico e Pedagógico do Instituto da Língua Portuguesa daquela universidade entre 2014 e 2015), com a Guiné-Bissau (participa no programa de reforma curricular do ensino básico deste país) e com o Brasil (foi Professor Visitante do Programa de pós-graduação em Linguística Aplicada da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo, RS, entre abril e julho de 2013).