SUBALTERNAS NUNCA MAIS! O GRITO DECOLONIAL DAS ESCRITORAS INDÍGENAS BRASILEIRAS

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Carlos Augusto de Melo
Joel Vieira da Silva Filho

Resumo

Esta proposta de trabalho tem por objetivo refletir sobre as experiências de subalternidade e os seus desdobramentos epistemológicos pelos quais as mulheres indígenas têm vivido na sociedade brasileira, a partir das produções literários de escritoras que se declaram representantes desse grupo étnico, em mais evidência no século XXI. Considerando o que, em seu célebre ensaio Pode o subalterno falar?, Spivak (2010) destaca sobre os mais acentuados processos de subalternização aos quais, ao longo dos séculos, as mulheres são submetidas por questões de gênero, etnia e classe social, – pretendemos discutir a respeito do difícil papel de existência e visibilidade das mulheres indígenas na história da literatura brasileira, o que reflete, inequivocamente, questões de ordem político-social. Assim, este texto parte dessa inquietação para propormos uma leitura literária sobre a importância feminina – em alguns pontos feminista – das escritoras indígenas que, nas últimas décadas, vêm se posicionando contra essa subalternidade imposta pelo pensamento colonial ainda reproduzido na contemporaneidade. Levaremos em conta os protagonismos de Márcia Kambeba, Eliane Potiguara e Graça Graúna, cujas literaturas apresentam necessários posicionamentos de denúncia, de autoafirmação em constante relação ancestral, de uma forma que decolonizam a sociedade e a literatura. Como apoio teórico recorreremos aos estudos de: María Lugones, Catherine Walsh, Aníbal Quijano, entre

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Como Citar
Melo, C. A. de, & Silva Filho, J. V. da. (2021). SUBALTERNAS NUNCA MAIS! O GRITO DECOLONIAL DAS ESCRITORAS INDÍGENAS BRASILEIRAS. Caderno Seminal, (39). https://doi.org/10.12957/seminal.2021.58918
Seção
Escrita de Mulheres: prosa em língua portuguesa e comparatismos
Biografia do Autor

Carlos Augusto de Melo, PPLET/ILEEL/UFU

Sou professor do Núcleo de Literatura do Instituto de Letras e Linguística (ILEEL) e do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários (PPLET) na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Minha graduação foi em Letras/Língua Portuguesa e Língua Inglesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Assis (2003). Fiz Mestrado (2006) e Doutorado (2009) em Teoria e História Literária no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Tenho pesquisado nas seguintes linhas de pesquisa: História da Literatura, Revisão do Cânone Literário Brasileiro, Literatura e Memória e Identidades, Decolonialidade, Literaturas Indígenas.

Joel Vieira da Silva Filho, PPGLL/UFAL

Joel Vieira da Silva Filho é mestrando em Estudos Literários no Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura (PPGLL) na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e pesquisador bolsista CAPES. Link de acesso ao CV_Lattes: http://lattes.cnpq.br/5581264177281708; ORCID Id: https://orcid.org/0000-0001-9895-9911 - E-mail: joel.filho17@outlook.com.