DA ADAPTAÇÃO À TRANSCRIAÇÃO: OLHARES SOBRE AS TRANSPOSIÇÕES TELEVISIVAS DE O TEMPO E O VENTO
Resumo
Os meios audiovisuais de comunicação mantêm laços significativos com a literatura desde o início da produção cinematográfica. Tal “aproveitamento” de conteúdo artístico narrativo, seja de romances, peças teatrais ou poemas, apesar de ser uma prática recorrente, tem alcançado lugar de destaque também para a crítica, que se distanciando do paradigma ultrapassado da fidelidade a um texto “original”, primeiro, abre espaço para conceber os textos audiovisuais como novas obras, as quais, contudo, relacionam-se com o texto literário predecessor. É sob essa perspectiva que nos propomos, neste artigo, analisar o texto literário de Erico Verissimo, O tempo e o vento e suas adaptações audiovisuais homônimas, trabalho dos diretores Paulo José e Jayme Monjardim. Nosso intuito é, fazer uma breve exposição de conceitos como adaptação (BAZIN, 1991, HUTCHEON, 2011, STAM, 2006), passando pelo de tradução em Walter Benjamin (2008), para chegar ao conceito-chave dessa proposta, o de transcriação de Haroldo de Campos, exemplificando por meio da análise de sequências fílmicas das duas minisséries, como cada um dos textos fílmicos utiliza os recursos expressivos dessa arte para “tecer” sua narrativa. Para conceitos de linguagem cinematográfica, como as percepções de enquadramentos, movimentos de câmera e montagem utilizamos Bazin (1991), Xavier (2003) e Martin (2005).
Palavras-chave
Adaptação; Tradução; Transcriação; Linguagem cinematográfica; O tempo e o vento.
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PDFDOI: https://doi.org/10.12957/cadsem.2018.30522
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ISSN: 1414-4298 | e-ISSN: 1806-9142

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