As Razões maternas para oferta de alimentos ultraprocessados a lactentes menores de um ano: resultados do estudo CLaB
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2025.88901Palabras clave:
Alimentação complementar. Condutas na alimentação. Alimentos ultraprocessados. Estudos de coortes.Resumen
Introdução: As razões para a introdução de alimentos ultraprocessados na alimentação de lactentes são pouco conhecidas. Objetivo: Investigar as razões maternas para introdução de produtos ultraprocessados na alimentação de seus filhos durante o primeiro ano de vida. Métodos: Dados provenientes de estudo quantitativo de coorte prospectiva, estudo CLaB, com 656 binômios mãe/filho em Botucatu, São Paulo. Em sete momentos ao longo do primeiro ano de vida, foi aplicado questionário que avaliou a introdução (sim, não) na alimentação do lactente de 10 alimentos ultraprocessados: achocolatado, refrigerante, suco industrializado, suco em pó, queijo petit suisse, embutidos, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e sorvete. No momento da primeira resposta “sim” para cada alimento, a razão para esta prática foi questionada. As respostas maternas foram agrupadas de acordo com sua natureza ou sentido. Resultado: Foi possível obter dados para 614 crianças da coorte. A mais frequente razão materna para introdução de ultraprocessados foi a alegação de que o bebê estava na “idade certa” de começar a receber estes alimentos. Bebidas adoçadas ultraprocessadas foram introduzidas porque a criança estava na "idade certa" ou o "bebê precisava" deste alimento. Entre os sólidos/semissólidos, os mais oferecidos foram queijo petit suisse (71,17%) e sorvete (42,67%), com as mães citando "bebê precisa" como a principal razão para ofertá-los. Conclusão: A introdução de AUP no primeiro ano reflete a percepção materna desses produtos como parte da rotina alimentar infantil, destacando a importância de estratégias educativas e intervenções multissetoriais para promover a alimentação saudável na primeira infância.
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