Planejamento dietético na produção do cuidado para o SUS: relato de estratégias de ensino na formação de graduação em Nutrição
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2025.83838Palabras clave:
Dietética. Planejamento Alimentar. Cuidado à Saúde Baseado em Evidências. Guias Alimentares. Ensino. SUS.Resumen
Introdução: O indicador de conversão (IC) possui ampla aplicação no preparo de alimentos, contribuindo para o planejamento de compras, padronização de preparações, análise de rendimento e redução de desperdícios. No entanto, o uso do IC em vegetais branqueados e descongelados ainda é pouco explorado. Objetivo: Avaliar o IC de frutas e hortaliças branqueadas e descongeladas e o impacto de tais processos em parâmetros físico-químicos. Método: Amostras de banana, batata inglesa, maçã e cenoura foram minimamente processadas, utilizando etapas de branqueamento em imersão ou vapor, congelamento e descongelamento. O IC foi calculado pela relação entre a massa do alimento branqueado e/ou descongelado e a massa do alimento pré-preparado. Parâmetros físico-químicos, como sólidos solúveis totais, pH e acidez foram avaliados durante o processamento. Os resultados foram avaliados por estatística não paramétrica com nível de significância de 5%. Resultados: Os valores de IC calculados foram, predominantemente, menores que 1, demonstrando perda de umidade nas amostras. Ao menos para a maçã, o branqueamento por imersão proporcionou maiores perdas de solutos, mas evitou o aumento da acidez, provavelmente pela inibição das reações que desencadeiam o escurecimento enzimático. Conclusão: O branqueamento e o descongelamento modificaram a massa e parâmetros físico-químicos dos alimentos estudados. Portanto, os valores de IC obtidos contribuirão para uma melhor gestão em estabelecimentos processadores de alimentos.
Descargas
Citas
1. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Programa da disciplina de Planejamento Dietético. [Acesso em 25 abr. 2024].Disponível em: https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/obterDisciplina?nomdis=&sgldis=hnt0212
2. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Projeto Político Pedagógico do curso de Nutrição. São Paulo, 2024. [Acesso em 25 abr. 2024]. Disponível em:https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/jupCarreira.jsp?codmnu=8275
3. Jaime PC, Delmuè DCC, Campello T, Silva DO, Santos LMP. Um olhar sobre a agenda de alimentação e nutrição nos trinta anos do Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva.2018;23:1829-1836; https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.05392018.
4. Demétrio F. A crise das práticas nutricionais em saúde-doença-cuidado e a possibilidade de construção de uma nutrição clínica ampliada e compartilhada. In: Souza MKB, Tavares JSC (Org). Temas em saúde coletiva: gestão e atenção no SUS em debate. Cruz das Almas (BA): Editora UFRB; 2014. p. 167-203.https://doi.org/10.13140/RG.2.1.3304.9684.
5. Scrinis G. Nutritionism: The Science and Politics of Dietary Advice. Columbia University Press; 2013. https://doi.org/10.7312/scri15656.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). Brasília, DF; 2012.
7. Brasil. Ministério da Economia. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde. Rio de Janeiro; 2019.
8. Brasil. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2021: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2021. Ministério da Saúde: Brasília, DF; 2022.
9. PENSSAN Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. II VIGISAN - National Survey on Food Insecurity in the Context of the Covid-19 Pandemic in Brazil. Análise. Fundação Friedrich Ebert: Rio de Janeiro, RJ; 2022.
10. Lourenço BH, Scagliusi FB. Interações entre atores, contextos e ferramentas para a práxis do planejamento dietético. In: Cardoso MA, Scagliusi FB (Org). Nutrição e Dietética. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019.p. 281-294.
11. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira. 2ª Ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
12. Louzada MLC, Canella DS, Jaime PC, Monteiro CA. Alimentação e Saúde: a fundamentação teórica do Guia Alimentar para a População Brasileira. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP, 2019. https://doi.org/10.11606/9788588848344.
13. Lane MM, Gamage E, Du S, Ashtree DN, McGuinness AJ, Gauci S, et al. Ultra-processed food exposure and adverse health outcomes: umbrella review of epidemiological meta-analyses. BMJ. 2024;384:e077310.https://doi.org/10.1136/bmj-2023-077310.
14. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Matriz para Organização dos Cuidados em Alimentação e Nutrição na Atenção Primária à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.
15. Almeida PF, Medina MG, Fausto MCR, Giovanella L, Bousquat A, Mendonça MHM. Coordenação do cuidado e Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde. Saúde Debate. 2018;42: 244-260.https://doi.org/10.1590/0103-11042018S116.
16. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Marco de referência da vigilância alimentar e nutricional na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
17. Brasil. Ministério da Saúde.Guia para a organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde. Universidade Federal de Sergipe. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.
18. Brasil. Ministério da Saúde. Caderneta da Criança: Menina. Brasília: Ministério da Saúde; 2023.
19. Brasil. Ministério da Saúde. Caderneta da Criança: Menino. Brasília: Ministério da Saúde; 2023.
20. Brasil. Ministério da Saúde. Caderneta da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
21. Brasil. Ministério da Saúde. Caderneta da Gestante. Brasília: Ministério da Saúde; 2023.
22. Lourenço BH, Guedes BM, Santos TSS. Marcadores do consumo alimentar do Sisvan: estrutura e invariância de mensuração no Brasil. Rev Saúde Pública.2023;57:52.https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2023057004896.
23. Louzada MLC, Couto VDCS, Rauber F, Tramontt CR, Santos TSS, Lourenço BH, et al. Marcadores do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional predizem qualidade da dieta. Rev Saúde Pública.2023;57:82.https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2023057005087.
24. Brasil. Ministério da Saúde. Insegurança alimentar na Atenção Primária à Saúde. Manual de Identificação dos Domicílios e Organização da Rede. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.
25. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
26. Reis LC, Vessoni AT, Serafim P, Jaime PC. Série: OGuia Alimentar na Atenção Básica - notas pedagógicas. e-Coleções FSP/USP. [Acesso 26 fev. 2024]. Disponível em: https://colecoes.abcd.usp.br/fsp/items/show/3598.
27. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar: Bases Teóricas e Metodológicas e Protocolo para a População Adulta. Brasília: Ministério da Saúde; 2021.
28. Brasil. Ministério da Saúde. Fascículo 2: Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde; 2021.
29. Brasil. Ministério da Saúde. Fascículo 3: Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar de Gestantes. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.
30. Brasil. Ministério da Saúde. Fascículo 4: Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar de Crianças de 2 a 10 anos. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.
31. Brasil. Ministério da Saúde. Fascículo 5: Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar de Adolescentes. 2022.
32. Louzada MLC, Tramontt CR, Jesus JGL, Rauber F, Hochberg JRR, Santos TSS, et al. Developing a protocol based on the Brazilian Dietary Guidelines for individual dietary advice in the primary healthcare: theoretical and methodological bases. Fam Med Com Health. 2022;10:e001276. https://doi.org/10.1136/fmch-2021-001276.
33. Jesus JGL, Tramontt CR, Santos TSS, Rauber F, Louzada MLC, et al. Orientação alimentar da pessoa idosa na Atenção Primária à Saúde: desenvolvimento e validação de um protocolo baseado no Guia Alimentar para a População Brasileira. RevBrasGeriatrGerontol. 2022;24:e210157. https://doi.org/10.1590/1981-22562021024.210157.pt.
34. Tramontt CR, Jesus JGL, Santos TSS, Rauber F, Louzada MLC, Couto, VDCS, et al. Development and Validation of a Protocol for Pregnant Women Based on the Brazilian Dietary Guidelines. RBGO Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.2022;44:1021-1031. https://doi.org/10.1055/s-0042-1756213.
35. Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde. QualiGuia - Formação para Utilização dos Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília: Fundação Oswaldo Cruz. [Acesso 2 dez. 2024] Disponível em: https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/47024.
36. Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução Conselho Federal de Nutricionistas no 600, de 25 de fevereiro de 2018. 2018.
37. Louzada MLC, Martins APB, Canella DS, Baraldi LG, Levy RB, Claro RM, et al. Ultra-processed foods and the nutritional dietary profile in Brazil. Rev Saude Publica.2015;49:38.https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049006132.
38. World Health Organization. Carbohydrate Intake for Adults and Children: WHO Guideline. Geneva; 2023.
39. World Health Organization. Total Fat Intake for the Prevention of Unhealthy Weight Gain in Adults and Children: WHO Guideline. Geneva; 2023.
40. World Health Organization. Saturated Fatty Acid and Trans-Fatty Acid Intake for Adults and Children: WHO Guideline. Geneva; 2023.
41. World Health Organization. Use of Non-Sugar Sweeteners: WHO Guideline. Geneva; 2023.
42. World Health Organization. Guideline: Sugars Intake for Adults and Children. Geneva; 2015.
43. World Health Organization. Guideline: Sodium Intake for Adults and Children. Geneva; 2012.
44. World Health Organization. Guideline: Potassium Intake for Adults and Children. Geneva; 2012.
45. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes: The Essential Guide to Nutrient Requirements. Washington, DC: The National Academies Press; 2006. https://doi.org/10.17226/11537.
46. World Health Organization, Food and AgricultureOrganization of the United Nations and United Nations Children’s Fund.Guidance for monitoring healthy diets globally. Geneva; 2024.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Bárbara Hatzlhoffer Lourenço, Vanessa Del Castillo Silva Couto, Laura Luciano Scaciota, Maria Laura da Costa Louzada

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
DECLARACIÓN DE RESPONSABILIDAD
Título del manuscrito: ________________________________________________________
1. Declaración de responsabilidad
Certifico mi participación en el trabajo arriba titulado y hago pública mi responsabilidad por su contenido.
Certifico que el manuscrito representa un trabajo original y que ni éste ni ningún otro trabajo de mi autoría, en parte o en su totalidad, con contenido sustancialmente similar, fue publicado o fue enviado a otra revista, ya sea en el formato impreso o en el electrónico, excepto el descrito en el anexo.
En caso de aceptación de este texto por parte de Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde, declaramos estar de acuerdo con la política de acceso público y derechos de autor adoptada por Demetra, que establece lo siguiente: (a) los autores conservan los derechos de autor y la concesión a la revista el derecho de la primera publicación, el trabajo se licencia simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons Attribution, que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de autoría y la publicación inicial en esta revista; (b) los autores están autorizados a firmar contratos adicionales por separado para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional o capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista; y (c) a los autores se les permite y alientan a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede conducir a cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado.
2. Conflicto de interesses
Declaro no tener conflicto de intereses con el presente artículo.
Fecha, firma y dirección completa de todos los autores.