Relação entre introdução precoce de alimentos complementares e depressão pós-parto em mulheres com histórico de depressão na gravidez
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2022.65046Palavras-chave:
Nutrição da Criança. Depressão Pós-Parto. Cuidado Pós-Natal. Amamentação. Saúde Pública.Resumo
Introdução: As práticas apropriadas de alimentação infantil para promoção do crescimento e desenvolvimento incluem o aleitamento materno (AM) exclusivo nos primeiros 6 meses de vida e a introdução de novos alimentos aos 6 meses, com AM contínuo até os 2 anos de idade ou mais. Mães com depressão no pós-parto (DPP) podem mostrar dificuldades para alimentar seus bebês. Objetivos: nossos objetivos são: examinar a associação entre DPP e introdução precoce de alimentos complementares (IPAC) antes dos 4 meses de idade e descrever a frequência de IPAC em mulheres com histórico de depressão durante a gravidez. Métodos: Usamos dados transversais de mulheres inscritas em ensaio comunitário, coletados entre 6 a 9 meses após o parto. A DPP foi avaliada por meio do Patient Health Questionnaire-9. Modelos de regressão de Poisson com variância robusta foram usados para examinar a associação entre DPP e IPAC. As covariáveis incluíram fatores demográficos, socioeconômicos, maternos e infantis. Um total de 326 díades mãe-bebê foram incluídas. Resultados: A prevalência geral de IPAC foi de 75,8%. Não houve diferenças na IPAC em relação à presença de DPP. A prevalência mais baixa de IPAC se associou à continuidade do AM aos 6 meses, trabalhar fora de casa e menor renda familiar. Os alimentos introduzidos mais comumente incluíram: água, chá, leite e biscoitos, sem diferenças em relação à depressão materna. Conclusão: Intervenções para prevenir a IPAC não devem priorizar a condição emocional materna no período pós-parto, mas a prática da amamentação e aspectos sociais como renda familiar e trabalho externo da mulher.
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