O ESTADO NUTRICIONAL E A ALIMENTAÇÃO VIA SONDA ESTÃO ASSOCIADOS À QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM CUIDADOS PALIATIVOS?
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2019.38198Palavras-chave:
Cuidados paliativos, Oncologia, Terapia nutricional, Alimentação por sonda, Qualidade de vida.Resumo
Objetivo: Avaliar o impacto do estado nutricional e da alimentação via sonda na qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Métodos: Participaram do estudo pacientes oncológicos cadastrados no Programa de Cuidados Paliativos de um hospital universitário (n=70). Informações sobre a terapia nutricional (alimentação por sonda ou alimentação via oral) foram coletadas por meio de um questionário previamente estruturado. A avaliação nutricional foi realizada através da Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente (ASG-PPP). Além disso, o questionário EORTC QLQ-C15-PAL foi utilizado para avaliar a Qualidade de Vida. Resultados: Dos 70 pacientes, 58,6% (n=41) eram do sexo masculino, com idade entre 31 e 101 anos. Os tumores mais frequentes foram cabeça e pescoço (18,6%; n=13). A prevalência de desnutrição foi de 87,2% (n=61). Em relação à via alimentar, 84,3% (n=59) receberam alimentação por via oral e 15,7% (n=11), alimentação por sonda. O escore médio para o domínio Qualidade de Vida Global foi de 66,6, independentemente da via de alimentação. Pacientes desnutridos apresentaram maior escore nos domínios Função Física (34,9 ± 30; p=0,005) e Dispneia (20,7 ± 29,9; p=0,02). A alimentação por sonda foi associada a uma maior frequência de náusea (39,3 ± 35,9; p=0,014). Conclusões: Uma baixa proporção de pacientes alimentados com sonda (15,7%) foi obtida. No entanto, houve alta frequência de desnutrição (87,2%). O estado nutricional e a alimentação por sonda não foram associados à Qualidade de Vida Global dos pacientes com câncer em cuidados paliativos. No entanto, a desnutrição esteve associada a pior prognóstico: diminuição da função física e dispneia, enquanto a alimentação por sonda foi associada a uma maior incidência de náusea.
DOI: 10.12957/demetra.2019.38198
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