COMPOSIÇÃO CORPORAL EM MULHERES TRANSGÊNERO VIVENDO COM HIV/AIDS: UMA DISCUSSÃO DAS TRANSFORMAÇÕES QUE INTERFEREM NA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2016.22542Palavras-chave:
pessoas transgênero, óleo de silicone, lipodistrofia, avaliação nutricional, composição corporal, HIV.Resumo
A prática clínica no atendimento de mulheres transgênero vivendo com HIV/AIDS despertou o olhar sobre as consequências dos procedimentos para a adequação ao gênero autodeterminado no processo de avaliação da composição corporal. Mulheres transgênero são pessoas que, ao nascer, receberam a atribuição de homem, mas se autoidentificam e reivindicam o reconhecimento social e legal como mulheres. Em busca da feminilização, podem vir a fazer uso de géis de silicone, de terapia hormonal ou até mesmo de procedimentos nocivos, como injeção de óleo de silicone. Esses procedimentos resultam em alterações antropométricas e modificações dos compartimentos corporais, como o tecido adiposo subcutâneo, massa óssea e massa magra. Ocorrem também, em alguns casos, especificidades, como a redução do volume prostático e o desenvolvimento lobular e acinar das mamas. O panorama é dificultado ainda no contexto da infecção pelo HIV, cujo tratamento antirretroviral, em alguns casos, tem como reação adversa a lipodistrofia. A lipodistrofia é caracterizada por alterações na distribuição de gordura corporal (lipoatrofia e lipo-hipertrofia) e deve ser considerada na avaliação da composição corporal dessa população. Diante da grande vulnerabilidade de mulheres transgênero pela infecção com o HIV, a OMS recomenda que sejam adotadas medidas específicas de prevenção, tratamento e serviços de saúde para essa população. Portanto, no presente trabalho pretendemos iniciar a reflexão sobre os desafios para a avaliação nutricional de mulheres transgênero vivendo com HIV/Aids.
DOI: 10.12957/demetra.2016.22542
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