A MULHER E O “FAZER CIÊNCIA”: UMA ANÁLISE DE FILMES DE COMÉDIA NO ENSINO FARMACÊUTICO
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2016.22464Palavras-chave:
ensino farmacêutico, cinema de comédia, crítica feminista, ciência e arte, male gaze.Resumo
O artigo busca entender a representação das mulheres, e sua ausência no campo científico, em cinco filmes de comédia que foram utilizados como subsídio para um estudo de caso em apoio ao ensino de Deontologia Farmacêutica. Os filmes selecionados foram: “O inventor da mocidade” (1952), “O professor aloprado” (1963), “Junior” (1994), “O professor aloprado” (1996) e “Sem sentido” (1998). Os filmes foram centrados em experimentos com substâncias terapêuticas, nos quais o cientista responsável pela pesquisa era sempre um homem. Durante a apresentação da resolução do estudo de caso observou-se que, mesmo a maioria dos alunos sendo mulheres, estas não percebiam tal fato, salvo quando alertadas. Isso pode indicar que potenciais cientistas percebem como natural a menor representatividade da mulher nas ciências. O caminho encontrado para balizar a discussão repousa na crítica feminista cinematográfica denominada “Male gaze” e em outros referenciais nas relações de tecnociências. A análise dos filmes demonstrou que, apesar de produzidos em um intervalo de 46 anos, neles as mulheres foram retratadas de forma passiva e excluídas dos espaços de destaque por mecanismos de hierarquização e opressão. Assim, o cinema de comédia pode contribuir na formação humanística, almejada pelas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais de Farmácia, com atenção especial voltada para conscientizar a categoria de que o posto de cientista do medicamento é também de protagonismo da mulher farmacêutica.
DOI: 10.12957/demetra.2016.22464
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