A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: RELATO DE EXPERIÊNCIAS

Autores

  • Jenifer Andreia Nascimento de Oliveira Prefeitura municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Núcleo de Apoio a Saúde da Família.
  • Ana Maria Miranda de Araújo Prefeitura municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Núcleo de Apoio a Saúde da Família.
  • Caroline Schilling Soares Prefeitura municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde – Gerência de Assistência/ Coordenação de Reabilitação e NASF.
  • Janete dos Reis Coimbra Prefeitura municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde – Gerência de Assistência/ Coordenação de Reabilitação e NASF.

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2016.16053

Palavras-chave:

Comportamento Alimentar, Antropologia, Aleitamento Materno, Alimentação Complementar, Estratégia Saúde da Família, Desmame Precoce.

Resumo

A introdução da alimentação complementar adequada em tempo oportuno é desafiadora para os profissionais de saúde no contexto da Atenção Primária. A Organização Mundial da Saúde preconiza a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida e o aleitamento materno inserido na alimentação complementar até dois anos ou mais. O nutricionista, enquanto membro da equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), tem papel fundamental nos aspectos nutricionais das crianças de zero a dois anos e deve conhecer o comportamento alimentar da família para identificar hábitos e atuar no âmbito familiar. O objetivo deste estudo é problematizar a influência do comportamento familiar na introdução da alimentação complementar da criança e suas consequências no desenvolvimento infantil, através do relato de duas experiências de casos de crianças menores de dois anos atendidas por nutricionistas do NASF. No primeiro caso, observou-se a dificuldade de introdução da alimentação complementar, em função de hábitos alimentares construídos ao longo do tempo pela família, acarretando baixo-peso na criança. Já no segundo caso, evidenciaram-se o desmame precoce e a introdução também precoce e em grande quantidade de leite de vaca, devido a conceitos atribuídos pela mãe a respeito de um padrão alimentar infantil saudável, o que causou constipação intestinal na criança. Apesar de serem conhecidas as implicações para a saúde, a mudança de hábitos alimentares é uma tarefa desafiadora. Conclui-se que o manejo da alimentação infantil é fortemente influenciado pelo contexto familiar e ambiental, sendo relevante considerar esses fatores na abordagem nutricional de mães de lactentes.

DOI: 10.12957/demetra.2016.16053

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Biografia do Autor

Jenifer Andreia Nascimento de Oliveira, Prefeitura municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Núcleo de Apoio a Saúde da Família.

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (2008). Especialista em Saúde da Família pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (2011). Nutricionista do NASF na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

Ana Maria Miranda de Araújo, Prefeitura municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Núcleo de Apoio a Saúde da Família.

Nutricionista do Núcleo de Apoio a Saúde da Família, NASF – Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Mestranda em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Publicado

2016-02-12

Como Citar

de Oliveira, J. A. N., de Araújo, A. M. M., Soares, C. S., & Coimbra, J. dos R. (2016). A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: RELATO DE EXPERIÊNCIAS. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 11(1), 75–90. https://doi.org/10.12957/demetra.2016.16053

Edição

Seção

ARTIGOS DE TEMA LIVRE

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