A COZINHA NATURAL COMO LUGAR DE REENCANTAMENTO DO CORPO FEMININO
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2016.16025Palavras-chave:
Cozinha natural. Ecofeminismo. Sociedade carnista. Corporeidade. Cozinha moderna. Saúde Holística.Resumo
O presente trabalho visa problematizar a emergência da cozinha natural na contemporaneidade com base em uma etnografia dedicada à corporeidade da prática terapêutica holística (sn. naturalista, integrativa) e sua exigência por uma alimentação natural específica. Apresentamos um pequeno recorte que almeja dar conta da moderna estruturação social culinárica centrada na figura do chef, carnista e masculino, que figura como personagem central no processo histórico de domesticação do paladar, onde há uma naturalização nos valores ligados à proteína animal e uma sensível dessubstancialização da alma feminina, à qual uma cozinha ‘inferior’ é remetida. Observa-se, através da corporeidade agenciada durante a prática de cura terapêutica, em um bairro da periferia da capital paraibana, a emergência de um vivo processo de construção identitário no qual a experimentação de saladas, o cultivo de plantas medicinais e as práticas de cura assumem papel relevante para a compreensão da constituição de um saber culinárico. Aludimos à condição fenomenológica na qual Comer é, ‘imediatamente’, Ser, significando o grau mais íntimo no movimento da ecceidade do devir, reconhecendo a prática do vegetarianismo, realizada no centro terapêutico Afya – Centro Holístico da Mulher como um legítimo esforço de um projeto de emancipação do corpo feminino. O recinto culinárico se torna um espaço de reencantamento social, empoderando o corpo feminino e suas práticas: derivadas da articulação de um conhecimento da nutracêutica baseada em plantas.
DOI: 10.12957/demetra.2016.16025
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