sobre o encontro das professoras com/em um exercício infantil da filosofia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2022.70556

Palavras-chave:

mestra, facilitadora, encontro, comunidade de investigação filosófica.

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar uma pesquisa em andamento que visa descobrir significados sobre a figura da professora na comunidade de investigação filosófica. O que há de singular nesta figura? O que a configura? Como é configurada e reconfigurada em sua própria prática? O artigo começa descrevendo o que caracteriza, define ou constitui a figura da professora como facilitadora delineada no programa inicial de Philosophy for Children . Em seguida, aborda algumas perspectivas críticas sobre a noção de facilitador e procura propor uma alternativa à figura do facilitador que, longe de tentar definir uma taxonomia do ensino da filosofia com crianças ou estabelecer um modelo de professor, nos permite pensar em uma figura de mestra que é sensível aos encontros e que, através deles, também encontra outras formas de ser e de fazer. Neste sentido, também é proposta uma reflexão sobre o que pode significar um encontro educacional e qual é o lugar das mestras nestes encontros. Finalmente, algumas condições possíveis de/para o encontro são propostas como pontos de partida que nos permitem promover e sustentar o encontro, tais condições são: o comum, a igualdade, a escuta e a imprevisibilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida, T. Psicologia do desenvolvimento e a delimitação de modos de ser criança. Devir- adulto, devir-sujeito e a educação de infância. In: Silveira Lemos, F. C.; do Nascimento, M. L. (orgs.) Biopolítica e Tanatopolítica: a agonística dos processos de subjetivação contemporâneos. Curitiba: Editora CRV, 2019. p. 229-250.

Bertoldi, M. I. matar al maestro. un ejercicio -¿no habitual?- de educación. In: Rodrigues, A.; Berle, S.; Kohan, W. (orgs.) Filosofia e educação em errância: inventar escola, infâncias do pensar. Rio de Janeiro: NEFI, 2018.

Biesta, G. Aprendiz, estudiante, hablante. ¿Por qué importa cómo llamamos a quienes enseñamos?. In: Simons, M.; Masschelein, J.; Larrosa, J. (eds.) Jacques Rancière: La educación pública y la domesticación de la democracia. Buenos Aires: Miño y Dávila, 2011. p. 149-173.

Cerletti, A. Didáctica filosófica, didáctica aleatoria de la filosofía. Educação. Revista do Centro de Educação, v. 40, n. 1, p. 27-36, 2015.

Cerletti, A. un “nosotrxs” como sujeto colectivo de la educación. In: Kohan, W. O.; Lopes, S. W.; Martins, F. (orgs.) O ato de educar em uma língua ainda por ser escrita, Rio de Janeiro: NEFI, 2016. p. 21-28.

Cerletti, A. Ensayos para una didáctica filosófica. Rio de Janeiro: NEFI, 2020.

Costa Carvalho, M. será que a voz que ouvimos por dentro é a mesma que as pessoas ouvem por fora?. childhood & philosophy, v. 18, p. 1-26, 2022.

Davies, Bronwyn. Listening to Children: Being and Becoming. Nueva York: Routledge, 2014.

Durán, M. L.; Kohan, W. O. Manifesto por uma escola filosófica popular. Rio de Janeiro: NEFI, 2018.

Echeverría, E. Filosofía para niños. México, D. F.: SM, 2004.

Elicor, P. The Notion of Pedagogical Authority in the Community of Inquiry. Kritike, v. 11, n. 2, p. 80-92, 2017.

Foucault, M. La hermenéutica del sujeto. Madrid: Ediciones La Piqueta, 1994.

Gomes, Vanise. Filosofía con Niños: ¿camino para un pensar transformador en la escuela?. In: Kohan, W.; Olarieta, B. F. (coords.) La escuela pública apuesta al pensamiento. Rosario: Homo Sapiens Ediciones, 2013. p. 51-77.

GOMES, V. Dialogar, conversar, experienciar o filosofar na escola pública: encontros e desencontros. Rio de Janeiro: NEFI, 2017.

Haynes, J.; Kohan, W. Facilitating and difficultating. The cultivation of teacher ignorance and inventiveness. In: K. Murris y J. Haynes (eds.). Literacies, Literature and Learning. Nueva York: Routledge, 2018. p. 204-221.

Johansson, V. The philosophy of dissonant children: Stanley Cavell’s wittgensteinian philosophical therapies as an educational conversation. In: Educational Theory, v. 60, n. 4, p. 469-486, 2010.

Johansson, V. Sámi children as thought herders: philosophy of death and storytelling as radical hope in early childhood education. Policy Futures in Education, Special Issue: Fiction and Truth, Learning and Literature: Interdisciplinary Perspectives, p. 1-16, 2021.

Kennedy, D. Forming Philosophical Communities of Inquiry in Early Childhood Classrooms. In: Early Child Development and Care, v. 120, n. 1, p. 1-15, 1996.

Kennedy, D. The Facilitator in a Community of Philosophical Inquiry. In: Metaphilosophy, v. 35, n. 5, p. 744-765, 2004.

Kohan, W. Infancia. Entre educación y filosofía. Barcelona: Editorial Laertes, 2004.

Kohan, W. El maestro inventor: Simón Rodríguez. Buenos Aires: Miño y Dávila, 2013.

Kohan, W. Paulo Freire más que nunca: una biografía filosófica. Buenos Aires: CLACSO, 2020.

Kohan, W.; Santi, M.; Wozniak, J. Philosophy for Teachers: between ignorance, invention and improvisation. In: Gregory, M. R.; Haynes, J.; Murris, K. (eds.) The Routledge International Handbook of Philosophy for Children. Nueva York: Routledge, 2017. p. 253-259.

Kohan, W.; Costa Carvalho, M. Atreverse a una escritura infantil: niñas y niños para filosofía o la infancia como abrigo y refugio. In: Ramírez, I. (coord.) Tópicos de filosofía y educación para el siglo XXI. CLACSO. Nosótrica Ediciones, 2021, p. 55-88.

Larrosa, J. El profesor artesano: Materiales para conversar sobre el oficio. Buenos Aires: NOVEDUC, 2020.

Lewis, T. E.; Jasinski, J. Rethinking Philosophy for Children: Agamben and Education as Pure Means. Londres: Bloomsbury Academic, 2022.

Lipman, Ma. Thinking in Education. 2. ed. Nueva York: Cambridge University Press, 2003.

Lipman, M.; Sharp, A. M.; Oscanyan, F. La filosofía en el aula. Madrid: Ediciones La Torre, 1992.

Masschelein, J.; Simons, M. Defensa de la escuela: una cuestión pública. Buenos Aires: Miño y Dávila, 2014.

Murris, K. The Role of the Facilitator in Philosophical Inquiry. Thinking, v. 15, n. 2, p. 40-46, 2000.

Murris, K. The Postman Child: Educational transformation through philosophy with picture books. Nueva York: Routledge, 2016.

Rancière, J. El maestro ignorante: cinco lecciones sobre la emancipación intelectual. Buenos Aires: Libros del Zorzal, 2007.

Santiago, G. Filosofía, niños, escuela. Trabajar por un encuentro intenso. Buenos Aires: Paidós Educador, 2006.

Sennett, R. The Craftsman. New Haven: Yale University Press, 2008.

Sharp, A. M.; Splitter, L. La otra educación. Buenos Aires: Manantial, 1996.

Suárez-Vaca, M. T.; Patiño-Cuervo, D. Territorios de pensamiento: habitar las infancias. In: Suárez-Vaca, M. T.; Pulido Cortés, O. (coords.) Diagramas y Polifonías: Experiencias de Pensamiento. Tunja: Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia, 2021. p. 85-114.

Vansieleghem, N. What is Philosophy for Children? From an educational experiment to an experimental education. Educational Philosophy and Theory, v. 46, n. 11, p. 1300-1310, 2014.

Waksman, V. ¿Quién es el maestro de filosofía?. In: Kohan, W.; Pineda, D. (comps.) Pensamiento, acción y sensibilidad: la mirada de Filosofía para Niños. Bogotá: Beta, 2004. p. 191-202.

Zorzi, E.; Santi, M. improvising inquiry in the community: the teacher’s profile. childhood & philosophy, v. 16, p. 1-17, 2020.

Publicado

2023-01-16

Como Citar

TARAMONA-TRIGOSO, José maría. sobre o encontro das professoras com/em um exercício infantil da filosofia. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 19, p. 01–18, 2023. DOI: 10.12957/childphilo.2022.70556. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/70556. Acesso em: 9 maio. 2025.

Edição

Seção

dossier: filosofia na e para além da sala de aula; fpc através de diferenças culturais, sociais e políticas