“é tão estranho a gente sentir que existe”: Infância no curta-metragem “Alma”

Autori

  • caroline trapp de queiroz Doutora em Educação (UERJ). Professora do Ensino Fundamental (SMERJ). Professora de História do Brasil (SINTUPERJ). Tutora (CECIERJ/CEDERJ).

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2022.64107

Parole chiave:

infância, cinema, deslocamento

Abstract

Esse artigo tem por objetivo apresentar uma discussão sobre infância a partir das questões suscitadas pelo curta-metragem intitulado Alma, dirigido, produzido e roteirizado pelo cineasta paraibano André Morais. Na obra, experienciamos um dia na vida de uma menina que vive com sua avó e que, ao longo de toda a trama, tece questionamentos sobre sua própria existência, os sentidos da vida e as dimensões das relações que vamos estabelecendo uns com os outros. Discute-se nesse texto, portanto, a potência do cinema e da infância como dimensões que convidam a um diálogo capaz de fazer convergir arte e vida, fertilizando também o campo da ciência, a partir das reflexões que são caras à dinâmica da experiência humana. Que concepções de infância são apresentadas na produção? De que formas a abordagem escolhida amplia a discussão sobre a infância e o cinema como potências? Em que medida as questões levantadas pela criança conectam sua experiência de infância às experiências de quem a assiste em tela? A fim de mobilizar a discussão, o texto é organizado a partir de cenas, que caracterizam a sequência dos acontecimentos que dão sentido ao que o filme quer expressar. Na primeira delas, apresenta-se a temática central; na segunda, as questões para as quais o curta nos desperta ao longo da narrativa; e na terceira, busca-se ampliar as possibilidades de leitura, no lugar de encerrá-las. Dão embasamento às discussões aqui levantadas Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles e Hannah Arendt.

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Biografia autore

caroline trapp de queiroz, Doutora em Educação (UERJ). Professora do Ensino Fundamental (SMERJ). Professora de História do Brasil (SINTUPERJ). Tutora (CECIERJ/CEDERJ).

Doutora em Educação (UERJ). Professora do Ensino Fundamental (SMERJ). Professora de História do Brasil (SINTUPERJ). Tutora (CECIERJ/CEDERJ).

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filmografia

Alma. Direção, Produção e Roteiro: André Morais. Co-Produção: Universidade Federal da Paraíba e Ctav/Funarte. Elenco: Luana Emília e Zezita Matos. Fotografia: João Carlos Beltrão. Direção de Arte: Petra Ramalho. Assistente de Direção: Alex Camilo. Assistente de Câmera: Bruno Salles. Assistente de Arte: Thiago Nóbrega. Elétrica e Maquinaria: Lúcio César. Montagem: André Morais e Karen Barros. Edição de Som: Nisélio Garcia. Maquiagem: William Muniz. Platô: Seu Lula. Filmado na cidade de Cuité/PB em Janeiro de 2004. Duração: 00:09:53. Ficção. 2005. Disponível em: < https://vimeo.com/620262739>. Acesso em: 29 nov. 2022.

Pubblicato

2022-12-31

Come citare

TRAPP DE QUEIROZ, Caroline. “é tão estranho a gente sentir que existe”: Infância no curta-metragem “Alma”. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 18, p. 01–19, 2022. DOI: 10.12957/childphilo.2022.64107. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/64107. Acesso em: 9 mag. 2025.

Fascicolo

Sezione

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