"incêndios" ou da experiência primária da existência
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2016.23336Abstract
Dois nascimentos, cinco silêncios. No trabalho Incêndios a infância é a experiência do ser marcada pela profunda relação espacial que significa transitar, viver e habitar um espaço, aquela experimentada no “afogamento ao nascer quando falta o ar, precisamente porque se acesa de imprevisto a ele” (SANFRANSKI, 2014, p. 15). A partir de duas figuras de infância que oferece Incêndios – o nascimento e o silêncio – o artigo apresenta um exercício de reflexão sobre aquilo que significar construir, percorrer e habitar um mundo marcado por experiências infantis. Nesta análise usa-se a lente arqueológica e genealógica proposta pelo filósofo alemão Peter Sloterdijk, derivado do pensamento de Heidegger e Foucault, para ler a infância como a experiência primária do existir, como o espaço de trânsito e habitação no qual se configura e se constrói o humano: desde o ingresso ao mundo, desde os primeiros instantes de sua construção, no trânsito entre a esfera primária de vida – a “clausura mãe” – e a esfera animada e vivida – o “receptáculo”, (SLOTERDIJK, 2014) – ocorre a experiência infantil e, com ela, a complexa produção-relação-trânsito entre mundos habitados, aquela que define a intensidade, a admiração, o desconcerto, a simpatia e a angustia… de viver.Downloads
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Pubblicato
2016-06-25
Come citare
MARÍN-DIAZ, Dora lilia. "incêndios" ou da experiência primária da existência. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 12, n. 23, p. 9–25, 2016. DOI: 10.12957/childphilo.2016.23336. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/23336. Acesso em: 5 mag. 2025.
Fascicolo
Sezione
dossier