manifesto em movimento: a pé, de motoca, as crianças na praça da república em são paulo
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2022.68447Palavras-chave:
cidade, infância, educação infantil, Praças, caminharResumo
Este artigo tem como ponto de partida a existência de um projeto pedagógico que se faz cotidianamente com crianças na Praça da República, situada na cidade de São Paulo. Empreendeu-se como metodologia o uso de duas redes sociais, sendo elas, Instagram e WhatsApp, com as quais foi possível consultar imagens e realizar entrevistas e diálogos breves. Tem como objetivos responder a algumas questões: Que cidade se encontra dentro das experiências de crianças a circular com as motocas na Praça? O que podemos depreender dessa prática? O que ocorre e é possível ocorrer com o espaço público ao considerarmos a presença das crianças, e de modo concreto, como no projeto Motoca na Praça, quando elas ocupam os espaços? Há uma produção de espaço, ainda que efêmera, com a presença das crianças? Uma questão, talvez mais simples, é onde está localizada a infância nesta Praça? Historicamente é possível vê-la produzida, presente ou ausente, nas transformações do espaço concebido, mas sobretudo, vivido e percebido, numa acepção do filósofo Henri Lefebvre que será recuperada adiante? Levanta-se como hipótese que com a presença das crianças, desde as/os bebês, de todas elas sem exclusões, teremos uma produção plena dos espaços urbanos.
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